sábado, 25 de fevereiro de 2012

Louca Insônia

Paixão solitária/ Vento que sopra/ Como um doido varrido/ Destruindo os raios do meu louco amor/ Construído numa doida noite de verão/ Quieta saudade/ Silêncio que explode meu peito/ Dor que não passa/ Vai além da flor da pele/ E chega a arrepiar o corpo por inteiro/ Nubla totalmente a visão/ Visão que turba as imagens/ Sem que possa enxergar a próxima curva/ Do meu incerto caminho/ Ouço vozes/ Nas noites sem dormir/ O sono fica longe/ Enquanto navego pelas linhas das incertezas/ Procuro relaxar/ Não adianta.../ Meu corpo pede por você Imagino coisas inimagináveis/ Que a censura jamais deixaria publicar.../ Os meus olhos estão abertos/ Fixos no tempo/ Ouço passos pelo quarto/ Os gritos do silêncio.../ Não deixam o sono aparecer/ As lágrimas da noite continuam a derramar/ Sobre a névoa da madrugada/ O sol nunca foi tão esperado/ Para que eu possa largar o leito desta cama/ E sair por aí a procurar a razão da insônia/ Chorar não adianta/ Como não adianta lamentar/ O dia de ontem/ Porque estou vivendo o presente/ Esperando um grande presente/ Que foi prometido e/ Até hoje ficou na promessa/ Antes do nascer do sol/ Passo por um pequeno lapso de sono/ Uma linda música/ Surge por detrás dos galhos das árvores/ E acalenta meu coração.../ Suaviza o cansaço que toma conta do meu corpo/ A melodia traz novas energias para um novo dia/ É o remédio que preciso/ Para enfrentar mais uma jornada/ Esperar por mais uma noite de insônia/ Noite que teima em trazer imagens de você

sábado, 18 de fevereiro de 2012

Estrada de Chão

A minha vida é igual estrada de chão Repleta de buracos e pedregulhos Entre solavancos e derrapadas Vou caminhando... Entre atoleiros e temporais/ Vou viajando/ Muitas vezes sem rumo/ Os meus dias são tomados/ De poeira intensa.../ Que têm momentos que não/ Consigo enxergar as perigosas/ Curvas que se apresentam pela frente/ Durante a noite/ Quando consigo adormecer/ Por alguns instantes/ Sonho que estou viajando numa/ Linda estrada/ Totalmente asfaltada/ Cercada de flores amarelas/ Com algumas casinhas brancas com varanda/ Onde aprecio o horizonte/ O que me ajuda a continuar andando/ Na estrada de chão/ É a certeza de que um dia/ Ela vai chegar ao fim/ Talvez tenha uma placa/ Indicando “estrada sem saída”/ Para alegrar o meu coração/ Trago comigo um violão/ Que nos finais de tarde/ Quando o sol se põe/ Toco melodias que lembram/ A determinação de velhos guerreiros/ Nas batalhas de belas vitórias/ Se um dia encontrares um caminhante/ Com o rosto castigado de viagens estridentes/ Converse com ele.../ Escute a sua trajetória de vida/ Porque podes aprender lições/ Que poderão ser úteis/ Nas estradas de chão/ Que todos nós/ Temos que trilhar/

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

O Castigo do Tempo

Há dias em que o tempo Volta junto com o vento Uivando pelos campos Trazendo a brisa de um dia Que se perdeu na poeira da estrada Há dias em que a emoção de uma época Volta forte junto com a saudade De um momento que demorou a voltar Para dizer que os anos por mais longos que sejam Sempre voltam para dizer que a valeu a pena O tempo também é um julgamento da história Julga o presente de um triste passado Mostra muitas vezes que não plantamos bons frutos É a colheita do presente Que não é de flores... E sim de espinhos que sangram o coração! Têm imagens Têm velhas cartas... Que mostram a história Construída durante forte emoção Que hoje ao assistirmos As lágrimas correm caudalosamente Em nosso rosto castigado pela idad Depois de tudo Que passamos Não devemos condenar o futuro Simplesmente pedir ao tempo Que nos leve junto com o vento Para o interior dos rincões Ao lado da cachoeira divina Onde as almas repousam Depois de terem vivido uma renhida existência

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

A Mozart da Poesia Morreu

A poetisa polonesa Wislawa Szymborska, vencedora do Prêmio Nobel de Literatura em 1996, morreu, seu agente informou nesta quarta-feira. Ela tinha 88 anos. Szymborska morreu "pacificamente durante o sono", disse Michal Rusinek. A poeta viveu desde criança na cidade de Cracóvia, no sul da Polônia. O comitê do Nobel a chamou de "Mozart de poesia", uma mulher que misturava sua elegância na linguagem com "a fúria de Beethoven". Szymborska também era famosa pelo seu lado político e lúdico – pois usava o humor utilizado de formas imprevisíveis.

NÃO VOU ADORMECER SEM DEGUSTAR OS MEUS SONHOS

Ninguém prende um pensamento. Ninguém aprisiona uma alma ou um coração. O amor é livre e o gostar caminha junto com a liberdade. O desejo ...