sábado, 28 de abril de 2012

Voz Engasgada

Ninguém foi dormir/ O sono está longe/ Mas o silêncio está tão perto/ Que não dá vontade de falar nada/ A alma quer que tudo permaneça quieto/ Ela precisa ver o fundo do rio/ Deixar que a poeira abaixe/ Os pensamentos falam/ Viajam pelo infinito/ Sabem que o momento requer sabedoria/ A sombra do medo bate à porta/ Todos sabem o que está para acontecer/ Eles estão chegando.../ O silêncio avisou para a alma/ Que preferiu meditar/ Amanhã tudo estará acabado/ Não vai restar nada/ Nem mesmo a velha lareira/ A cabana que serviu de abrigo/ Por dezenas de anos/ Vai virar um monte de entulho/ Os homens fardados querem o nosso fim/ Porque pensamos demais/ Somos diferentes/ Gostamos de escrever/ Mostrando desvios morais/ Queremos vida nova/ Igualdade para todos/ É assim mesmo/ É o preço que vamos pagar/ Tudo na vida tem um preço/ Até mesmo para quem pensa diferente/ Mas o que é ser diferente?/ Diferente é dizer não/ Questionar o momento/ Para que o futuro seja melhor/ Mais livre e encantador/ Quando tudo estiver terminado/ Vamos voltar a cantar/ Mesmo que estejamos no jardim das oliveiras/ Ao lado dos amantes da luz/ Sentados perto dos lírios do campo/ Onde poderemos escrever os mais belos poemas/

sábado, 21 de abril de 2012

A Dançarina dos Meus Desejos

Você representou o cheiro da boêmia/ O gosto do sexo feito em total loucura/ Nas horas quietas da noite.../ Os passos desvairados no final da madrugada/ O desejo de um inesquecível grande baile/ Representou também a alegria de dançar todas as marcas/ A vontade que a noite nunca terminasse/ Que fosse para sempre/ Que o cansaço nunca chegasse perto dos nossos corpos/ Arrepiados de tanta sensualidade.../ Você foi a minha vontade de viver para sempre/ Ouvindo o som do violeiro/ Brigando com o violão/ Dançando com a feia e a bonita/ Fazendo do salão uma academia de dança/ Ou quem sabe num quarto de motel.../ Como se fosse uma grande festança/ Por alguns momentos/ Cheguei a pensar que seria um eterno dançarino/ E morreria dentro de um salão/ Dançando apertadinho no/ Teu lindo corpo.../ Você foi à causa dos meus erros/ Representou muitas quedas na boemia/ Foi a responsável pelas lindas horas de amor/ E as orgias feitas na garagem da tua casa.../ Por outros momentos que ainda povoam a mente deste dançarino/ Mas precisa saber de uma coisa.../ Talvez nem mesmo a morte/ Com seu gosto frio/ Conseguirá superar o calor/ Dos teus beijos molhados.../ Nascemos para ser eternos amantes/ Das noites e dos bailes/ Dos instantes de sussurros nos finais da noite Que sempre foram motivos de alegria e desejos/ Ande os dias e as madrugadas.../ Você jamais poderá ser esquecida/ Porque foi a responsável pelos meus/ Inesquecíveis momentos de boemia e orgia/ Que até hoje vivi.../ O maior prazer da minha vida/ Foi passar o tempo dançando/ Ouvindo o som de uma viola/ Às vezes do teu lado/ Outras vezes com alguem de ocasião.../ Mas não posso reclamar do tempo/ E nem dos ventos enlouquecidos/ Muito menos do Arquiteto do Universo/ Que deixou este dançarino viver/ Trocando os passos e os compassos/ Nas mais variadas danças/ Por um longo período da vida.../

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Rosa Luxemburgo

Quais São as Origens do Dia dos Trabalhadores? Rosa Luxemburgo Fevereiro 1894 Primeira Edição: Primeira publicação em polonês no Sprawa Robotnicza. Fonte: Selected Political Writings of Rosa Luxemburg, tr. Dick Howard, Monthly Review Press, 1971, pp. 315-16.. Tradução: Juliana Danielle. (traduzido da versão em inglês existente no MIA) HTML: Fernando A. S. Araújo. Direitos de Reprodução: A cópia ou distribuição deste documento é livre e indefinidamente garantida nos termos da GNU Free Documentation License. A feliz idéia de usar a celebração de um feriado proletário como um meio para alcançar a jornada de trabalho de oito horas diárias nasceu na Austrália. Os trabalhadores decidiram, em 1856, organizar um dia de completa paralização juntamente com assembléias e entretenimento como uma manifestação a favor da jornada de oito horas diárias. O dia desta celebração era para ser 21 de abril. Inicialmente, os trabalhadores australianos pretendiam que isto só acontecesse em 1856, mas esta primeira celebração teve um efeito tão forte nas massas proletárias da Austrália, avivando-os e levando a uma nova agitação, que foi decidido repetir a celebração todo ano. Na verdade, o que poderia dar aos trabalhadores mais coragem e fé em sua própria força que uma paralização do trabalho em massa, a qual eles mesmos decidiram? O que poderia dar mais coragem para os eternos escravos das fábricas e oficinas do que a reunião de suas próprias tropas? Assim, a idéia de uma celebração proletária foi rapidamente aceita e, da Austrália, começou a se espalhar para outros países até finalmente conquistar todo o mundo proletário. Os primeiros a seguirem o exemplo dos trabalhadores australianos foram os americanos. Em 1886 eles decidiram que o dia 1° de maio deveria ser o dia universal da paralização do trabalho. Neste dia, 200.000 deles deixaram seus trabalhos e exigiram a jornada de oito horas diárias. Tempos depois, a polícia e o assédio legal impediram os trabalhadores por muitos anos de repetir esta manifestação [em tal magnitude]. Entretanto, em 1888 eles renovaram sua decisão e decidiram que a próxima celebração seria no dia 1° de maio de 1890. Enquanto isso, o movimento dos trabalhadores na Europa tinha se fortalecido e se animado. A expressão mais poderosa deste movimento ocorreu no Congresso Internacional dos Trabalhadores em 1889. Neste Congresso, que contou com a presença de quatrocentos representantes, foi decidido que a jornada de oito horas deveria ser a primeira exigência. Foi então que o representante dos sindicatos franceses, o trabalhador Lavigne de Bordô, propos que esta exigência fosse expressa em todos os países através de uma paralização universal do trabalho. O representante dos trabalhadores americanos chamou a atenção para a decisão de seus camaradas de entrar em greve no dia 1° de maio de 1890 e o Congresso decidiu que esta data seria a da celebração universal dos proletários. Neste caso, como há trinta anos atrás na Austrália, os trabalhadores realmente pensaram em uma manifestação que ocorresse uma só vez. O Congresso decidiu que os trabalhadores de todas as terras manifestariam-se juntos pela jornada de oito horas no dia 1° de maio de 1890. Ninguém falou de uma repetição do feriado para os próximos anos. Naturalmente, ninguém poderia prever a enorme rapidez com a qual esta idéia iria triunfar e como iria ser adotada pelas classes trabalhadoras tão rapidamente. No entanto, foi suficiente celebrar o Dia dos Trabalhadores apenas uma vez para todos entenderem e sentirem que o Dia dos Trabalhadores deveria ser uma tradição contínua e anual [...]. O primeiro de maio exige a introdução da jornada de oito horas. Mas mesmo depois desse objetivo ter sido alcançado, o Dia dos Trabalhadores não foi deixado para trás. Enquanto a luta dos trabalhadores contra a burguesia e a dominação de classe continuar, enquanto todas as exigências não forem conseguidas, o Dia dos Trabalhadores será a expressão anual destas exigências. E quando melhores dias raiarem, quando a classe trabalhadora do mundo tiver ganho sua liberdade, então a humanidade provavelmente irá celebrar o Dia dos Trabalhadores em honra às mais amargas lutas e aos muitos sofrimentos do passado.

NÃO VOU ADORMECER SEM DEGUSTAR OS MEUS SONHOS

Ninguém prende um pensamento. Ninguém aprisiona uma alma ou um coração. O amor é livre e o gostar caminha junto com a liberdade. O desejo ...