terça-feira, 15 de janeiro de 2013
O Infinito
Quando olho para o infinito
Procuro trazer de volta
Algumas coisas que ficaram para trás
Não sei o que é
Mas sei o que sinto
Porque o meu coração dói
É uma suave dor...
Uma lenta agulhada
O infinito muitas vezes
Nada faz
Apenas joga faíscas
Que embaralham a visão
Colocando na frente vultos
Que parecem fantasmas
Que num bailado sem rumo
Fazem com que a dor não vá embora
O infinito é misterioso
Não tem nome
Muito menos obedece/
Simplesmente não sai do lugar/
Não tem tamanho/
Porque é do tamanho da nossa saudade/
Ele às vezes fica belo/
Principalmente quando acontece o pôr do sol/
E à noite larga as primeiras faíscas escuras/
O infinito é filho da sombra/
Filho da distância/
Primo do adeus/
E acima de tudo.../
É invisível/
Assim vejo o infinito/
Gosto de ser abraçado pela sombra/
Das nuvens que surgem nos braços/
Do infinito.../
Porque sei que um dia/
Viveremos no reino do infinito/
Caminhar pelos jardins/
E lagos criados pela infinita/
Beleza do infinito/
Enquanto ainda podemos observar/
Os passos lentos e belos do infinito/
Vamos aguardar o fim de tudo.../
O fim da nossa jornada/
A jornada que o infinito criou/
Para caminhar a passos largos/
Na direção do grande lago azul/
Onde reside o paraíso/
Sonhado por nós.../
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