quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

O Rancho do Poeta

O meu rancho é simples/ Feito de madeira/ A alegria mora comigo/ Onde tudo é feito com harmonia/ Porque a desarmonia/ Não consegue entrar/ Muito menos a energia sombria/ Quando a tarde adormece/ Fico sentado na varanda/ Degustando uma fruta apanhada no pomar/ Espero que a noite chegue/ Com alegria no coração/ Para namorar a lua Que por mim está a esperar/ Rancho humilde/ Casa pequena/ Terra boa de plantar/ Riacho que corre no final do quintal/ A coruja com olhar de proteção/ Fica no portão/ Espantando com o olho grandão/ Os passarinhos/ Canários e coleirinhas/ Quando o sol nasce/ Eles vêm comer quirera/ Espalhada pelo chão/ Terra que Deus/ Concedeu para viver/ Onde vivo cuidando/ Como se fosse um cristal/ Caído do céu.../ Me alimenta com amor/ E desprendimento/ Gosto das coisas simples/ Sem luxo/ Somente alguma semente para plantar/ E alguns peixes para pescar/ Se vim para a Terra estudar/ Tenho que começar/ Pelas coisas pequenas/ Onde um dia eu possa chegar/ Num patamar/ Em que as coisas grandes/ Fiquem tão pequenas/ Que não precise ter braços/ Tão grandes para abraçar/ Rancho branco da minha vida/ Com janelas azuis/ Lago que o circunda/ Varanda que dá para enxergar/ O nascer e o pôr do sol/ Ainda se consegue ver quando a/ Lua vem namorar/ Sítio dos meus sonhos/ Local onde irei adormecer/ Quando a minha alma estiver cansada/ De tanto andar/ Pela terra prometida/ No domingo à tarde/ Dia mágico da minha existência/ Pego o violão/ Sento em frente ao portão/ Ao lado da coruja/ Toco moda de viola/ Fico ali vendo o tempo passar/ Ao som das melodias que enaltecem/ A alma e o coração/ Deixo que os habitantes do sertão/ Sentem a minha frente/ Para juntos/ Tocarmos o som da terra/ E vermos ainda os anjos sorrirem de alegria/ Porque na Terra/ Onde homens matam por qualquer coisa/ Um poeta/ Abençoado por Deus/ Canta a sua prosa/ Para dizer que a felicidade/ Que todos procuram/ Está bem perto de nós/ Ela é pequena/ Meiga e doce/ Mas profundamente eterna.../

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Tributo a Travessia da Vida

Relutei em aceitar as paixões da vida/ Confesso que sempre tentei/ Mas aos poucos o meu coração/ Concordava.../ Hoje ele está cansado de tanta emoção/ No decorrer da vida/ Muita dor ele suportou/ Muita coisa foi em vão/ Lutas perdidas/ Poucas vitórias/ História repleta de experiências/ Mas outras.../ Deixaram doces cicatrizes/ Que o tempo não vai apagar/ Também quero lembrar/ Que vou deixar que tudo caminhe/ Como um rio de águas profundas/ Ou como o destino assim desejar/ Vou deixar que as emoções tomem conta de mim/ Não sei porque.../ Mas sinto que a travessia da vida/ Está próxima para acontecer... Quero morrer grudado na/ Embriagante saudade.../ Como tributo aos grandes amores/ Vou ser passivo ao abraço/ Do último amor da minha existência/ Desculpe aos que lerem esse poema/ Mas esses sentimentos/ Fazem parte da vida de um poeta e dançarino/ Que viveu intensamente enquanto pode/ A leveza de amar e ser amado/ Que fez da paixão o seu alimento/ Para suportar a travessia da vida.../ Sinceramente quero agradecer ao Pai Eterno/ Por ter permitido a louca vida que vivi/ Porque Ele sabe das minhas necessidades/ Conhece as fraquezas que povoa a minha alma/ Como Pai.../ Tem por mim um infinito amor.../ E me protege nos momentos de perigo/ Assim aos poucos vou crescendo/ Sem no entanto/ Deixar de lado/ As minhas raízes/ E as razões de existências/ Que teimosamente vivi/ Em momentos de gloriosa/ E renhida luta/ Que a minha alma/ Derrama lágrimas/ Quando a tarde adormece.../ E a escuridão toma conta do mundo...

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Eu e Você

Os bailes nunca mais foram os mesmos/ Depois da nossa separação/ Os dançarinos perderam o encanto/ Viam em nós os modelos para seus passos/ Os bailes mudaram até mesmo de cor/ A música que embalava as noites estreladas/ Deixaram de ser tocadas/ A valsa que ainda é tocada dentro do meu coração/ Deixou de ser ouvida nos grandes bailes/ Eu e você.../ Por que fomos embora?/ O que aconteceu?/ Faz muito tempo/ Que tudo mudou/ Toda vez que danço/ Imagino sempre que é com você/ Que estou bailando.../ Chego a pensar que o mundo deu dois/ Passos pra trás/ Trazendo de volta/ As eternas noites/ Quando o salão era pequeno/ Para a nossa encantada dança.../ Eu sei que vamos/ Voltar a dançar/ Talvez na imensidão do infinito/ Ao lado dos nossos anjos de guarda.../

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

As Estações da Vida

Assim como as estações/ Que vão e voltam/ A falta e a saudade/ De alguém ou de um lugar/ Batem à porta/ Às vezes não é para entrar/ Somente para dizer/ Que o sentimento ainda vive/ Apesar do tempo e da distância/ Nós somos como as estações/ Somos intensos/ Apaixonados por algo/ Escutamos vozes que nos acompanham/ Vivem ao nosso lado/ Nos levam para o lodo/ Ou para o paraíso/ Mas continuamos vivendo/ Porque viver é importante/ Aprender mais ainda/ A vida é repleta de emoções/ Tem seus cantos e melodias/ Uma vida inteira/ Corresponde as quatro estações/ Porque têm momentos coloridos/ Que nascem e morrem/ Para depois renascerem/ Outras desabrocham como as / Folhas secas de um outono/ Quando a alma fica solitária/ O frio toma conta/ Que o inverno parece ser eterno/ Somos criaturas/ Parecidas com pedras de rio/ Que quanto mais vivem/ Mais vão ficando lisas e serenas/ Bem torneadas/ Fortes e retorcidas/ Aguerridas porque atravessaram/ Todos os tormentos e tempestades/ De existências que não voltam mais.../ Nascemos para aprender lições/ Muitas vezes não passamos de ano/ Somos reprovados/ Devido a nossa arrogância e orgulho/ Vivemos um tempo como repetente/ De lições fáceis de aprender/ Ainda assim somos aproveitados/ Em algum setor da engrenagem universal/ Na fase adulta da nossa alma/ E ao olharmos para o passado/ Vamos perceber que perdemos muito tempo/ Com picuinhas e migalhas/ Que atrapalharam o nosso progresso/ Mesmo assim tivemos alguém/ Que continua acreditando em nós/ Porque também um dia foram como nós/ E esse alguém também teve quem acreditasse nele.../

NÃO VOU ADORMECER SEM DEGUSTAR OS MEUS SONHOS

Ninguém prende um pensamento. Ninguém aprisiona uma alma ou um coração. O amor é livre e o gostar caminha junto com a liberdade. O desejo ...