quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

NAS GARRAS DA TORTURA

A tortura da noite/ A dor da madrugada/ A infame insônia/ Que não deixa adormecer/ O sofrimento nas mãos da escuridão/ Que à noite/ Vem para fazer companhia/ Faz de mim/ Um miserável preso/ Condenado sem advogado de defesa/ Sem julgamento/ Vem para acorrentar-me sem nenhuma piedade/ Açoitar-me como um escravo/ Durante o dia/ Faço de tudo para/ Que a noite nunca apareça/ Junto com os uivantes ventos do norte/ Não suporto sentir-me ao/ Lado da sombra/ E das garras da escuridão/ Tenho medo dos/ Cavaleiros da noite/ Porque não consigo reagir/ Às suas agressões físicas e mentais/ Sou levado para todos os lados/ Fico na berlinda/ Como um joguete/ Nas mãos dos algozes/ Ali sou cobrado/ Desdobrado e levado/ Para outros momentos existenciais.../ Ou melhor/ Para locais infernais/ Eles mostram os meus bárbaros crimes/ Cometidos contra inocentes.../ Sem conseguir mudar as coisas/ Vivo a tortura da noite/ Quando a luz do dia aparece/ Sou trazido para a realidade da vida/ Tomo meu banho/ Fico parecendo uma pessoa normal/ Mas com a alma profundamente dilacerada/ Com os olhos marejados/ Mesmo assim vou cumprir mais um dia de trabalho/ Como se nada tivesse acontecido/ Mais uma vez faço de tudo/ Chego a implorar aos céus/ Para que o dia nunca acabe/ Que me leve para a luz eterna/ Longe dos vingativos seres da escuridão/ Como a noite tem um tempo/ O dia também tem.../

domingo, 27 de dezembro de 2015

ROGER BITTENCOURT FOI ATROPELADO

O jornalista, ciclista e corredor de rua Roger Bittencourt, foi atropelado hoje de manhã (27), na SC-401, próximo de Jurerê Internacional, quando treinava para participar da ultra-maratona de 85 km entre Tramandaí a Torres. Roger de 49 anos morreu no local e o colega Jacinto Oliveira, sofreu escoriações leves. O causador do acidente estava embriagado e tentou fugir do local, mas foi impedido por populares. O motorista foi preso e levado para A delegacia e ficará a disposição da justiça. Roger era meu amigo, fizemos parte por muito tempo da equipe de corrida da Formaco Decorama. Participamos de inúmeras meias-maratonas em Florianópolis e demais cidades do Estado. Ser humano de grande valor e preocupado com o crescimento desenfreado de Florianópolis. Esperamos que a justiça seja feita e o causador do acidente sofra as penalidades da lei.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

A INTOLERÂNCIA DOS NAZI-FASCISTAS

Chico Buarque foi hostilizado ontem (22), no Leblon, porque apóia Dilma e a Democracia. A direita e a elite não se conformam com a derrota nas eleições presidenciais do ano passado. Estão levando o país ao ódio, à intolerância e à falta de diálogo. Chico é um grande cantor, poeta e escritor do Brasil e da América Latina. A direita fascista quer cassar o mandato de Dilma a qualquer custo. Nossa presidente é séria, honesta, está enfrentando crises econômica e política, mas não se justifica derrubá-la do poder. Dilma foi eleita por mais de 53 milhões de votos. O mais triste é ver que as pessoas que agrediram Chico são filhos de grandes empresários e têm ódio dos pobres. Hoje, o pobre viaja de avião, compra carro zero e têm acesso às grandes universidades. No Governo do PSDB, os pobres eram hostilizados e jamais tiveram alguma conquista. Dilma, Lula e Chico são criaturas formidáveis e lutam em favor dos oprimidos. Na Alemanha de 1930, os nazistas perseguiam e matavam quem ousasse dizer não. Isso também aconteceu durante a guerra civil espanhola, em 1936, quando o grande poeta Gabriel Garcia Lorca foi assassinado pelo General Franco, porque seus poemas pregavam a democracia e combatia a intolerância. Quando poetas, escritores, jornalistas e artistas são perseguidos por pessoas ou instituições porque pensam diferente, é sinal de que a ignorância, o ódio, o rancor, a mágoa, a intolerância estão dominando uma nação. Na história da humanidade, quando os poetas, escritores e jornalistas são vitimas dessas pessoas, coisas terríveis aconteceram. Quem escreve e pensa diferente é porque a Divindade do Universo está por trás dessas mentes brilhantes. Estejamos atentos a esses ataque insanos, para evitarmos as grandes tragédias que já aconteceram no Brasil e em tantos outros países. VIVA A DEMOCRACIA!

segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

SUJAS PALAVRAS

Poema sombrio/ Escuro como um breu/ Onde a sombra se mistura/ Com a escuridão de uma noite sem fim/ Intensas palavras/ Que se perdem nas ruelas sujas/ Onde os paralelepípedos estão lisos pelo tempo e pelo vento/ Bares repletos de boêmios/ Consumindo inúmeros copos de bebida destilada/ Sem nenhuma preocupação com o amanhã/ Porque talvez não estejam vivos.../ Prostitutas cansadas/ Dos programas realizados/ Mas prontas para mais um programa/ Vento que sopra/ Levando a sujeira para todos os lados/ Tornando o clima mais frio... feio/ E a noite mais melancólica/ Rua com sua história de seres inacabados/ Porque não conseguiram encontrar a luz/ Que nunca se acendeu em suas vidas.../ Poema sujo/ Porque relata a vida daqueles/ Que jamais conheceram a suavidade da existência/ Sujo para a elite em todos os sentidos/ Palavras cheias de verdades que os hipócritas/ Têm medo de expô-las/ Letras carregadas/ Escritas em caixa alta/ Verdadeiros panfletos/ Feitos para uma esquerda desiludida/ Com a Revolução Socialista/ Que ficou na imaginação/ Nas mesas dos bares/ Livros guardados em bibliotecas/ Sem que ninguém leia/ Mas que um dia foi sonho do maldito escritor.../ Romances escritos na calada da noite/ Que para nada serviram/ Estão sendo vendidos em sebos/ Nas ruelas sujas/ Em subúrbios das grandes cidades.../ Poetas e escritores/ Mestres em contradições/ Fracassados numa vida/ Totalmente desorganizada.../ Peças de teatro/ Refletindo as realidades/ Ou talvez as falsas realidades/ De uma sociedade a caminho da destruição/ Atores e atrizes/ Artistas que são verdadeiros gênios/ Mas que na vida real/ Carregam vícios de toda ordem.../ Tudo está sujo/ Ou melhor/ Sempre esteve sujo.../

sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

A SOLIDÃO DO POETA

O poeta não consegue viver acompanhado/ Quem o conhece/ Sabe disso/ Deixe o poeta viver/ Sozinho no mundo/ Poesias e poemas/ São as únicas companhias do/ Solitário poeta.../ A dança é o remédio/ Que alimenta a sua alma/ As demais companhias/ São apenas transeuntes/ Iguais a ventos uivantes../ O coração do poeta/ Estará sempre aberto/ Para visitas ocasionais/ Depois a porta se fecha.../ Nasceu sozinho/ Continua vivendo/ Caminhando continua/ Nos dias e noites/ Sem que ninguém atrapalhe/ A sua longa jornada/ De um poeta/ Que veio ao mundo/ Para escrever a canção/ Do coração e da alma/ Dos tristes viventes da noite.../ Ainda anda nas estradas empoeiradas/ Apenas na companhia da sua própria sombra/ Nunca pediu/ Nunca pedirá/ Que os fantasmas da paixão retornem.../

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

FALSAS FLORES

Flor do amor/ Flores que ficaram pela estrada/ Estrada repleta de flores coloridas/ Perfumes espalhados/ Pelas perigosas curvas.../ Pétalas jogadas ao chão/ Formando espesso tapete/ De todas as cores.../ Cada pétala uma bela história de amor/ Ao lado dos espinhos/ Mostrando que mesmo num grande amor/ Há momentos que machucam e sangram/ Flor da paixão... Do verão... Primavera... Inverno.../ Enfim.../ De todas as estações/ Motivo para todas as aventuras/ Amores secretos/ Que na calada da noite/ Procuram o amor proibido/ Somente como conquista/ Depois de usar/ Joga fora.../ Descartando algo que foi intenso/ Para depois partir para outro/ Falso amor.../ Flor da ilusão/ Inevitável desilusão/ Flores do poeta/ Poeta das flores/ Beija aqui e ali/ Depois parte para outros/ Longos beijos fortuitos/ Com intuito de sentir/ Gosto finito/ Poeta é como beija-flor/ É de todas as flores/ Mas não fica com ninguém/ Com prazo de validade/ Mas acompanhados de infinitas/ Falsas palavras de amor eterno.../ Flor de falsas palavras/ Sem nenhuma preocupação/ E tudo não passou de uma grande mentira/ Extraída numa noite de amor/ Que foi embora com o calor da noite.../ Flor dos amantes/ Abundantes em homens e mulheres/ Desacreditados com a vida/ Cada um com seu jogo/ Hipocrisia e falsidade/ Que não tem idade/ Para acontecer/ Mesmo que resulte em crime fatal/ Porque tudo é permitido/ Na área amorosa/ No campo da traição/ Tudo é degustado/ Entre um gole e outro/ De um bom vinho/ Ou um copo de cerveja.../ A história está repleta/ De situações as mais variadas possíveis/ Onde amores morreram/ De tanto amar.../ Outros foram embora para sempre/ Com promessas não cumpridas/ Flor... Flores do mal.../ Flores do bem.../ Flores do mangue/ Flores podres/ Mal cheirosas/ Mas que possuem/ Uma beleza inigualável/ Flores de lindos jardins/ Que são belas/ Mas se perdem/ Em meio a tantas belezas.../ Assim as flores têm um tempo/ Porque até mesmo a beleza não é eterna/ É forte no momento/ Para depois morrer aos poucos.../

sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

JOGUETES DO DESTINO

Deixe a ferida cicatrizar/ Ainda está sangrando/ A brasa continua quente/ O fogo pode queimar/ Teu coração.../ Não mexa no passado/ Não abra o arquivo/ Você vai encontrar algo/ Que não vai gostar.../ O tempo vai cuidar de tudo/ Tudo vai para a teia do esquecimento/ O remédio é esquecer/ E o balanço da vida/ Muitas vezes é contra nós/ Faz o coração/ Semelhante a pedra cortante.../ Não vale a pena/ Remexer nas coisas que/ Entristeceram a nossa estrada/ Em vez de abrir as janelas do passado/ Apague tudo da tua consciência.../ Olhe para frente/ Viva o presente/ Espere o futuro/ Sem nenhuma ansiedade/ Mesmo que seja difícil.../ Não somos donos do passado/ Fugiu das nossas mãos/ É de domínio público.../ E o futuro não nos pertence/ A única coisa/ É viver o presente/ Quem sabe esperando o inesperado.../ Não somos donos da fatalidade/ Vem no silêncio da covardia Também não nos pertence a felicidade/ Acontece sem nos avisar.../ Somos parte de uma engrenagem/ Que não foi criada por nós/ A hipocrisia impera no mundo/ E como seres pequenos/ Somos levados e envolvidos/ Por tristes situações/ Diante de tudo.../ Feche a porta do teu arquivo/ Tente sorrir ao nascer do sol/ Faça de conta que um dia/ A tua vida vai ser bem melhor/ Viva como se amanhã/ Você vá estar em/ Outro patamar da existência/ Porque essa é a única certeza que temos.../

quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

AVES SEM NINHO

As minhas emoções/ São do tamanho do meu coração/ Não sei qual é o tamanho/ Da tua emoção/ Nem sei se o teu coração/ Sente alguma coisa/ Sempre soube que você/ Era uma ave de arribação/ Voando de árvore em árvore/ Beliscando os frutos/ Que existem na natureza/ Não se importando com o resto/ Mesmo sabendo que deixa/ Corações sangrando e despedaçados/ Por todos os cantos.../ Mentiu para usufruir de momentos fortuitos/ Fez da mentira arma de arregimentação amorosa/ Comigo foi diferente/ Pensou que iria fazer mais um sofrer/ Não deu certo.../ Fui teu professor em todos os sentidos/ Aprendeste a arte da paixão e/ Um novo estilo de fazer amor/ Até mesmo a forma de beijar/ De sugar os lábios/ Sem respirar.../ Apenas deixando que a pele/ E os arrepios dominassem.../ O intenso momento da sensualidade.../ Tudo comigo foi diferente/ Não sabias dançar/ Com o tempo/ Ensinei os passos e os compassos/ Nos meus braços bailavas/ Como uma pluma/ Volitando pelo salão/ Como uma andorinha/ Feliz da vida/ Amavas dançar valsa... bolero... chamamé.../ Quando disseste que me amava/ Que estavas pronta para seguir o/ Meu destino.../ Eis que surge uma grande/ Tempestade na tua vida.../ Como uma ave ferida/ Sentistes que as asas estavam quebradas/ O tempo da nossa paixão/ Estava terminando.../ Porque eu também sou ave de arribação/ Nunca fiquei por muito tempo/ Pendurado no galho de uma árvore/ Ou voando ao lado de outro pássaro.../ Hoje tu estás sentido o que é ser/ Deixada de lado.../ Eu também já sofri muito/ Nas vezes em que fui abandonado/ Pelas aves de arribação.../ Que voam pelo mundo/ Fique tranquila/ Somos assim/ Pássaros sem destino/ Pássaros feridos/ Pássaros que dançam/ Mas não amam/ Sem ninho/ Sem pátria/ Sem família/ Ninguém nos quer/ Vivemos sugando as emoções/ Somos vampiros que vivem das/ Lágrimas que escorrem/ Nos lindos rostos que nos amam/ Nascemos para voar pelos continentes/ Fugindo das estações que nos ferem.../ Não vamos chorar/ Nem lamentar/ Vamos viver os nossos voos/ Felizes com a nossa solidão/ Sem pensar que um dia/ Iremos pousar para sempre/ Em algum coração desavisado.../

NÃO VOU ADORMECER SEM DEGUSTAR OS MEUS SONHOS

Ninguém prende um pensamento. Ninguém aprisiona uma alma ou um coração. O amor é livre e o gostar caminha junto com a liberdade. O desejo ...