terça-feira, 31 de janeiro de 2017

DELEITE NUM QUARTO DE HOTEL

Volúpias escondidas/ Na penumbra de um quarto/ De hotel/ Na beira de uma estrada/ Perdida nos rincões/ Silêncio nas quatro paredes/ Manchadas pelo tempo/ Bebida não me apetece mais/ Boca seca/ Imaginação voando/ Adentrando os locais insanos/ Imensa vontade/ Subindo pelas paredes/ Sentir o corpo/ De uma linda mulher/ Beijar cada parte/ Pegar nas ancas/ Dar leves tapinhas.../ Passar a língua/ Pelo corpo inteiro/ Sentir a fragrância feminina/ Deixar que o arrepio/ Tome conta/ Invada o ser/ Ser levado ao extremo/ De todos os desejos/ Que são infinitos.../ Ser dominado/ Dominar.../ Ouvir gemidos/ Abafados/ Por longos beijos na boca.../ Mãos exploradoras/ Trabalham incansalvemente/ Dedos intrometidos/ Língua passando pelo corpo/ Daquela que faz de mim/ Um escravo.../ Um devasso/ Sem defesa/ Envenenado/ Pelo veneno do seu corpo/ Não pensar no tempo/ Olhar todas as partes íntimas/ Da mulher dos meus sonhos.../ Da dona do corpo/ De um homem carente/ Gemer.../ Ouvir ais... E ais.../ Sem parar/ Música romântica/ Ao fundo.../ Bem baixinha.../ Leve.../ Que toque somente/ A porta de entrada do coração.../ Degustar a sensualidade/ Num pequeno quarto/ De hotel/ Perdido nas estradas.../ Pedir aos ponteiros do relógio/ Que não saiam do lugar.../ De preferência/ Que quebrem.../ Ou sejam/ Cúmplices/ Nada na vida/ É melhor que/ Uma noite/ Repleta de libertinagem/ Entre duas pessoas/ Ávidas por sexo/ Sem preconceitos/ Sem limites/ Deixar que tudo avance.../ Navegue em águas tranquilas/ Quarto de hotel/ Na beira da estrada/ Local adequado/ Para suavemente/ Entregar o corpo/ A uma linda mulher/ Onde ela/ Se entregue/ Sem freios/ Com mil fantasias/ Vendo/ Sentindo/ As mãos macias de/ Uma loira ou/ Uma morena/ A deslizar/ Delicadamente/ Sobre o meu corpo/

sábado, 28 de janeiro de 2017

MASMORRA DA CRIATIVIDADE

Hoje estou jogado nos poemas da noite.Não paro de escrever. O meu coração bate na direção da madrugada. Estou no balanço da boemia. Lembro de todos os momentos da minha vida. Confesso que já vivi e ainda vou viver muito. Os meus dedos não param, escrevem. Estou ouvindo música. Lá fora, a noite me convida. Reluto. Sinto vontade de sair. A imaginação de poeta vai longe. Estou preso à masmorra da criatividade. Fui condenado às intensas palavras poéticas. Não quero ajuda. A minha doença é incurável. É a doença do escritor, do poeta, do artista. Quero morrer escrevendo. Amanhecer no outro lado da vida, declamando os meus poemas para as mulheres mais lindas do firmamento...Mulheres....Mulheres...Donas do mundo... Inspiração dos poetas...

A CASA DA LUZ VERMELHA

Poemas sujos/ Poemas da casa da luz vermelha/ Sujos.../ Mas sedentos/ Ardentes/ Mas sensuais/ Com mulher que/ Vende o corpo/ Corpo cansado/ De tanto fazer sexo.../ Sexo pago/ Valor barato/ Uma cerveja/ E alguns trocados/ A mulher faz tudo/ Tudo que o freguês/ Tem direito/ Direito nunca negado/ Na rua/ Na noite escura/ A luz vermelha/ É o sinal/ Que dentro tem de tudo/ Homem casado/ Descasado/ Separado/ Odiado/ Viado/ Tem ainda/ Mulher separada/ Noiva abandonada/ Mulher desonrada/ Sapatona/ Tente não entrar/ Se entrar.../ Vai ficar viciado/ Contaminado pela luxúria suja/ Da casa da luz vermelha/ Vai bater ponto/ Quando quiser/ Tente não querer/ A casa da luz vermelha/ Vai atrás/ Quer ser visitada/ De qualquer jeito/ Vá.../ Que é melhor/ Lá é o destino/ Para quem não tem amor/ Ou para aprendiz de cafajeste/ Lá ninguém é hipócrita/ Tudo acontece.../

A AMANTE DO O LOBISOMEM

Não precisa ir para a cama/ Ninguém pode me ver/ Aqui mesmo/ De pé.../ Neste local/ Entre árvores/ Pedras/ Vamos fazer uma/ Coisa muito louca/ Aqui é mais selvagem/ Não tenha medo mulher/ Vou ensinar/ Coisas proibidas/ Sensuais/ Perigosas/ Saborosas/ Sairá totalmente possuída/ Pelos meus encantos.../ Será doutora/ Viciada em posições sensuais/ Não tire a roupa/ Levante um pouco a saia/ Baixe a calcinha.../ O resto é comigo.../ Não olhe para trás/ Você vai se assustar.../ Sou muito peludo/ Apenas sinta.../ O desejo tomando conta/ Do teu corpo.../ Não serei rápido/ Não sou coelho/ Vamos ficar até o/ Fim da noite.../ Quero que saia com/ As coxas bambas/ Tonta de tanto gozo/ Depois.../ Vá para casa/ Não deixe transparecer/ Mas volte a aparecer/ Você agora/ É a minha noiva/ Ninguém mais vai/ Tocar o teu corpo/ Estarei sempre/ No primeiro dia/ Da lua cheia.../

quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

O TEMPO E O VIOLÃO

Triste violão/ Ainda lembro/ Das músicas que ouvia/ Nas tardes frias/ De domingo/ De um tempo/ Que teima em não/ Sair da memória.../ Os anos andaram/ As imagens permaneceram/ Cravadas no coração/ Ainda menino/ Chegando à adolescência/ Vislumbrando um novo mundo/ Ficava sentado/ Com o coração apertado/ Vendo o violeiro/ Dedilhar as cordas do/ Velho violão/ Ali.../ Na frente da casinha de madeira/ Na costa do Rio Uruguai/ Com os olhos fixos/ Pensantes.../ Anestesiado pelo encanto da/ Música cabocla/ A imaginação viajava/ Via-me em outro lugar/ Interagindo com um mundo/ Que não conhecia/ Cada música/ Era uma história que iria viver/ Eram tantas melodias/ Que perdi a conta/ O tempo viajou/ Viajei com ele/ O tempo não envelheceu/ Continua por aí/ Desafiando os caminhantes/ Eu envelheci/ Amadureci/ O violão desapareceu/ Talvez tenha ido embora/ Com o violeiro/ Que nunca mais vi/ Mas as melodias continuam/ Sendo tocadas/ Dentro do meu coração.../ Pelo violão do tempo.../ Fazendo da minha vida/ Uma eterna canção.../

sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

ILUDIDA CANÇÃO

Não machuque o meu coração/ A canção me desespera/ Não quero ouvir/ Ela me remete/ Àqueles dias/ Que insistem em/ Permanecer na memória/ Dias que imaginei/ Fossem eternos.../ Foram poucos os dias.../ Em que cheguei/ A acreditar nas tuas palavras/ Palavras que muito me emocionaram/ Depois.../ Você jogou fora/ Como se joga algo/ Sem importância/ Toda vez que passo pela praça/ Lembro do nosso encontro/ Encontro da despedida/ Encontro do fim/ De uma paixão/ Paixão que foi efêmera/ E que para mim/ Tornou-se um pesadelo/ Você veio como um raio/ E como raio/ Desapareceu/ Não quero mais sofrer/ Quero viver/ Não quero mais amar/ Não sei perdoar/ Mas não sei deixar de amar/ Não me ensinaram/ A procurar outro amor/ Irei me envolver/ Com outras pessoas/ Mas a porta do coração/ Estará fechada/ Até mesmo para você/ Não pense que tenho saudade/ Lamento/ Porque poderíamos/ Viver um sonho juntos/ Mas você queria/ Viver uma ilusão.../

CARINHOSA INTUIÇÃO

Sinto um leve aroma/ A acariciar o meu rosto/ Uma brisa envolve meu corpo/ Sensação de saudade e/ Alegria incontida/ Abraçam a minha alma/ Algo de belo/ Feliz.../ Está vindo lentamente/ Entre os desfiladeiros do céu/ Não consigo vislumbrar/ O que seja/ De onde vem/ Quem sabe/ Seja um presente/ Ou alguém de muito longe/ Que esteja vindo/ Para me visitar/ Os bons ventos/ Estão avisando.../ Raros foram os dias/ Que senti essa energia/ Tão vislumbrante/ Percebo que tudo vai mudar/ Será a chegada de um novo ciclo/ Não sei como será/ E por quê/ Até o clima está ajudando/ Não está chovendo/ Não faz frio/ Nem calor/ Quando é para acontecer/ Tudo vem pronto/ E empacotado/ No endereço certo/ Vou aguardar.../ Não terei pressa/ Saberei esperar/ Porque sei que vou/ Receber algo maravilhoso/ A minha alma está serena/ O meu coração bate tranquilo/ Talvez esteja/ Chegando o meu grande momento/ Quem sabe os caminhantes do universo/ Resolveram me presentear/ Está na hora de dormir/ A noite está estrelada/ A lua cheia ilumina/ As estradas dos transeuntes/ Quero estar dormindo/ Para saber de tudo/ Ou quem sabe.../ Receber as boas novas/ Talvez seja preparado/ Para que o novo/ Diga tudo para mim.../

terça-feira, 17 de janeiro de 2017

NINHOS SEPARADOS

Saudades/ O tempo passará/ O sofrimento e a solidão/ Vão passar.../ Um dia/ A morte/ Novamente vai me levar/ Levará você também/ E nos reencontraremos/ Nos jardins da eternidade.../ Sofrer agora não importa/ Vai passar rápido/ Somos eternos.../ Chorar não importa/ Muito menos lamentar/ Em todas as vidas/ Que não foram poucas.../ Sempre aconteceu um reencontro/ Nos mais diversos momentos/ Assim como/ Um triste adeus.../ Que jamais vamos esquecer/ Hoje vivemos aqui/ Cumprindo as regras do destino/ Cada um no seu ninho/ Sentindo a dor da saudade/ Cada amanhecer/ Cada nascer do sol/ Será mais um dia/ Que vamos passar distante/ Um do outro/ Quando o sol se for/ E a noite surgir/ E com ela/ O sono/ O sonho vai acontecer/ Será o único momento/ Que as nossas almas/ Vão se reencontrar/ Vendo a grandeza do universo/ E a infinidade de vidas/ A alegria bate no coração/ Porque/ Então teremos/ A bela oportunidade/ De morarmos/ No mesmo ninho/

segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

O MECANISMO DO AMANHÃ

Pode não existir o amanhã/ O amanhã é uma porta/ Em direção ao escuro/ Que dá certo medo.../ É uma ponte/ Que enxergamos até a metade/ Depois aparece uma névoa/ Intrigante e misteriosa.../ Somos viajantes/ De um tempo/ Que não sabemos aonde vai dar/ Temos sonos profundos/ Complicados pesadelos/ Toda vez que tentamos/ Atravessar a ponte/ Encontramos dificuldades/ Somos bloqueados/ Se passamos/ É porque fomos levados/ Involuntariamente.../ Chegamos à conclusão/ De que não somos senhores do amanhã/ Porque talvez ele não exista/ Vivemos de sonhos/ Criamos imagens/ Frutos da nossa imaginação/ Devido ao medo/ Que vive dentro da alma/ Temos medo do incerto/ Do duvidoso/ Fomos criados/ Por uma ideologia de dominação/ Onde tudo era pecado/ Onde tínhamos que ter/ Respeito por seres criados/ Pela mente dos nossos dominadores.../ Mas.../ De concreto nada tem/ Provas não existem/ Os poderosos criaram/ Conceitos/ Teorias/ Credos/ Fantasmas/ Demônios/ Anjos/ Instalaram o medo/ Para dominar as nossas vidas/ Castigo pelos atos/ Praticados em algum momento/ A ciência divaga/ Com relação ao amanhã/ Avança lentamente/ Aproveitaram a ignorância/ Para impor o medo/ Aos dominados/ Esse medo/ Até hoje/ Dificulta o progresso/ Nas noites escuras/ Somos atacados/ Por fantasmas/ Que cobram/ Colocam-se como juízes/ Invadem o nosso pensamento/ Dirigem os atos/ Os caminhos/ Enfim.../ A nossa vida/ Dentro desse infortúnio/ Chegamos à conclusão/ Que não existe o amanhã/ Porque não somos donos/ Do amanhã.../

domingo, 15 de janeiro de 2017

O MEU CAMINHO

A vida é feita de caminhos. Estou feliz pelo meu caminho. Em alguns momentos tenho saudade de outros caminhos que ficaram pela estrada. A vida segue. A vida é bela. A vida é de alegria quando se quer. Quero estar ao lado da energia positiva. Ficar longe da energia negativa. Curtir a beleza da vida. Sorrir ao acordar. Agradecer pela saúde. Ficar ao lado dos injustiçados. Levantar a voz contra o poder das elites. Fazer dos meus poemas uma estrada cheia de lindas palavras. Viajar por todos os lugares, correndo e correndo. Quero ser amigo de todos. Silenciar contra os inimigos, deixar que o tempo cure as feridas da jornada.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

NÃO TENHA MEDO DE REQUEBRAR

É na sanfona/ Que o sanfoneiro/ Faz a sanfonada no salão.../ No violão/ No arrasta-pé/ No vanerão/ No xote/ Na valsa/ No bolero/ Que vamos requebrar.../ Dois pra cá/ Dois pra lá/ De ladinho.../ Do jeitinho que dá/ Siga o gaiteiro/ Vamos ver o que dá/ Rebole.../ Dê duas voltas/ Chegue bem perto/ Encoste-se em mim/ Rostinho colado/ Rebole sem parar/ Deixe a imaginação viajar.../ Quer mais sensualidade?/ Então vamos para o bolero/ Três passos pra lá.../ Meia volta.../ Três passos pra cá/ Rebole encostadinho/ Sem medo de se encostar.../ Somos dançarinos/ A dança é nosso alimento/ Não tenha medo de cansar/ Não tenha receio de requebrar/ Não tenha medo/ De ter vontade de beijar/ Solte o corpo/ Sorria... Estamos requebrando Sem nunca cansar Hoje é o dia Que nunca vai terminar Solte tudo... Deixe tudo acontecer... Agora... Quer viajar? Vamos pra valsa O salão é todo nosso Tem espaço pra dançar Gire o corpo Três voltas pra lá Três voltas pra cá Deixe o corpo flutuar... Imagine que não exista O salão... Rosto encostadinho... Tudo coladinho... Sentindo o perfume Deixe o sanfoneiro Sanfonar a música Porque vamos rebolar Nós vamos dominar Dentro e fora do salão Somos donos da emoção... Porque deixamos o coração Dominar... E ficamos sempre/ No mexe-mexe.../

NÃO PERMITA QUE O AMOR CANSE

Nunca deixe criar/ Erva daninha/ No caminho Que leva ao coração/ Pode até viajar para longe... Nunca o suficiente/ Para deixar que outro/ Ocupe o teu lugar/ Volte Mas.../ Pode acontecer que um dia/ Não tenha volta/ A saudade vai bater forte/ Às vezes pode virar veneno/ Matando o grande amor/ Aí será tarde/ Ou.../ O caminho pode estar repleto/ De erva daninha/ E ficará difícil encontrar/ O caminho que leva para/ A casa do teu amor/ O amor cansa também Não cria raiz Escorrega facilmente.../ Acaba caindo em mão alheia/ Ao encontrar a porta fechada O amor vai bater na janela/ De outra pessoa/ Nunca deixe o amor cansar/ Porque depois de cansado/ Ele nunca mais encontrará razão/ Para voltar.../ Nunca deixe que o amor/ Tenha ódio/ Nem permita que ele enlouqueça/ Porque pode virar/ Um grande inimigo/ Lute enquanto o amor/ Ainda está latente/ O amor é igual uma brasa/ Quente e forte/ Chega a queimar/ Quando apaga/ Vira cinza/ Lute para preencher o coração/ Da pessoa amada/ Faça todo o sacrifício para ter/ O amor ao teu lado/ Se entregue totalmente ao amor/ Amar não tem limite/ Amor/ Só é eterno/ Quando é intenso/ O amor/ É também/ Igual a um cristal/ Nunca deixe que se quebre/ Pois ficará difícil juntar os pedaços... Nunca mais será o mesmo/ Perde o encanto/ A química desaparece/

sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

O VENENO

Não consigo/ Livrar-me.../ Estou anestesiado.../ Dominado.../ Alquebrado.../ A essência.../ Agarrou-se com a realidade.../ Realidade comprometida.../ Desprovida.../ Inércia total.../ Inepta.../ Covarde.../ Louca pelo veneno.../ O fim está próximo.../ Estrada bloqueada.../ A tempestade destruiu/ A única ponte.../ O mundo ficou pequeno.../ Estou ilhado.../ No meio de feras.../ Com dentes afiados.../ Ávidas.../ Querem vingança.../ O líquido que mata/ A sede.../ É o veneno que o destino me/ Destinou.../ Desgraça à vista.../ Não tem hora.../ Todas as horas.../ São os momentos para ingerir/ O líquido mortal.../ Que vai me matar aos poucos.../ Estou fazendo uma viagem sem volta.../ Talvez nem queira.../ De repente.../ É lá.../ O meu final.../ Final festejado.../ Desejado.../ Pelos meus inimigos.../ Viventes das sombras.../ Que não vão se contentar.../ Com a mera morte.../ Vão me seguir.../ Oferecendo-me o líquido mortal.../

O PERFUME DA DANÇARINA

Os passos da dança.../ De quem sabe dançar.../ É a harmonia da alma/ Da dançarina.../ Que consegue ligar/ Os passos.../ Com os desejos da alma.../ Dançar com o corpo colado.../ Com alguém/ Que o coração harmoniza.../ Faz com que/ O corpo.../ Flutuando pelo salão.../ Torne cada dança.../ Uma obra de arte.../ Que somente os dançarinos.../ De alta envergadura sabem.../ Na metade da vida.../ Depois de longo tempo.../ Guardada nos aposentos/ Da intimidade de mulher.../ Encontrou na dança.../ A liberdade tão sonhada.../ O perfume da dançarina.../ Foi ao encontro da noite.../ Na boemia da paixão.../ Foi a ponte entre a tristeza/ Em que vivia.../ O glamour da dança.../ E os desejos que a valsa/ Proporciona aos amantes da dança.../

A NOBREZA DA DANÇARINA

Dance.../ Que você renasceu para/ Voltar a dançar.../ Depois de ter passado um período/ De recolhimento domiciliar.../ Necessário para resgatar.../ Dívidas do passado.../ Voltou para o salão.../ A tua doce morada.../ Onde a tua alma.../ Revigora-se a cada dança.../ Teu coração é belo.../ Como uma valsa.../ Tua alma.../ É como um bolero.../ Teu sorriso.../ É como o chamamé.../ Descompassado e alegre.../ Dance.../ Viva a vida.../ Se entregue ao desejo dos passos.../ Pelo salão.../ Como se estivesse no/ Grande salão da eternidade.../ Ao adentrar a pista de dança.../ Interaja com os demais dançarinos.../ Fazendo da dança uma terna alegria.../ Aproveite cada segundo da dança.../ Porque é o momento/ Em que a tua alma.../ Acalenta a saudade dos velhos tempos.../ Dos salões da velha Europa.../ Nada vem por acaso.../ Os encontros das almas.../ Das paixões.../ Que ficaram perdidas no tempo.../ É a prova.../ De que somos viajantes dos tempos.../

terça-feira, 3 de janeiro de 2017

VIDA SIMPLES

A maior alegria é o bater/ Tranquilo do coração.../ A maior alegria é quando/ A alma está cheia/ De paz e de amor.../ Não será numa mansão/ Que a alegria reinará.../ Navegar num iate/ Não significa que a paz/ Esteja presente em todos/ Os oceanos do mundo.../ São as coisas simples.../ Que levam/ Ao paraíso.../ Arroz com feijão.../ Alimenta muito mais a consciência/ Que a lagosta/ Vinda da corrupção/ É no sítio.../ É na simplicidade do campo.../ Que a verdadeira qualidade de vida/ Está presente.../ Na cidade grande.../ Os vícios reinam.../ Matando a juventude/ Carente de proteção.../ É ouvindo um violão/ À beira de um fogão a lenha.../ Que a vida.../ Torna-se uma dádiva.../ É o casamento ideal.../ Entre o cheiro da terra.../ Com o bem viver.../ Longe das músicas estridentes.../ Que mexem com a loucura.../ Tornando o homem.../ Um louco ambulante.../ Não será nos arranha-céus.../ Que encontraremos a mão de Deus.../ Mas no contato.../ Simples e humilde.../ De pessoas comprometidas/ Com a paz.../ No passado.../ Tanto no interior.../ Quanto na cidade.../ Os cidadãos conversavam/ Sobre as suas vidas.../ Sentados nas varandas de suas casas/ Hoje.../ Usam os aplicativos.../ Para conversar com amigos virtuais.../ Se não gostam de certa opinião.../ Simplesmente bloqueiam o amigo.../ A amizade já não tem valor.../ O que vale é o dinheiro.../ A fama.../ O poder.../ A competição.../ Deixando para trás/ O abraço.../ O aperto de mão.../ A ternura.../ Vida simples.../ É assim que as/ Pessoas valorizavam.../ É lamentável.../ Que hoje seja assim.../ Frieza.../ Egoísmo.../ Indiferença.../ Realmente.../ Uma grande tristeza.../

MELANCÓLICA METAMORFOSE

Estou com sede.../ Mas não preciso de água.../ A garganta arde.../ Estou com fome.../ Mas não preciso de alimento.../ O estômago dói.../ Sinto falta de uma razão.../ De um motivo.../ De uma bandeira.../ De um objetivo.../ Minha alma está vazia.../ Perdida num turbilhão.../ De meditações insanas.../ Enfrenta pesadelos.../ Onde a noite é um martírio.../ O frio toma conta do meu coração.../ Duvida dos sentimentos dos mais próximos.../ Ouço vozes.../ Que o vento traz.../ Cobrando coisas de outros tempos.../ Mas não lembro.../ Sou acusado de crimes.../ Às vezes.../ Tudo isso.../ Torna-se uma/ Ventania que atormenta a cabeça.../ Faz-me.../ Cair em lágrimas.../ Estagnei no tempo.../ O relógio não se move.../ Talvez esteja quebrado.../ Olhos perdidos.../ Mente sem direção.../ Sem lágrimas.../ No céu.../ Os pássaros voam à procura/ De um lugar para pousar.../ Eles têm uma razão para viver.../ Não consigo andar.../ Sem lugar onde viver.../ A emoção me aprisiona.../ As vontades desapareceram.../ Pensamentos febris.../ Olho para o alto da montanha.../ Uma águia levanta voo.../ Está saindo.../ Depois de um longo período/ De exílio.../ Fez a sua reinvenção.../ Talvez seja um exemplo/ A ser seguido.../ Sei que isso.../ Comigo não vai acontecer.../ Estou imobilizado.../ Preso nas contradições.../ Reconheço tudo.../ Tenho consciência.../ Sei o que fazer.../ Mas não tenho força para mudar.../ As regras que o destino me impôs.../ O que importa saber?/ Se continuo andando em círculo.../ Estou sozinho.../ Esperando que algo aconteça.../ Talvez a fuga desse mundo.../ Mundo que nunca se importou comigo.../ A força que tinha.../ Foi-se embora.../ Ficarei para a história.../ Como um caminhante sem morada.../ Talvez seja uma lenda.../ Quem sabe.../ Eu deixe saudade.../ Ou.../ Seja assunto de alguma conversa/ Entre os viventes que me conheceram.../ Faço do vício.../ A única saída.../ O cigarro e a bebida.../ São meus únicos companheiros.../ Não posso dizer.../ Que são amigos.../ Já que se aproveitam da/ Fraqueza reinante no meu ser.../

domingo, 1 de janeiro de 2017

O BAILAR DA PORTENHA

O tango é o nosso bailar.../ É a escultura dos dançarinos.../ Dos boêmios sem fronteira.../ Portenha do coração.../ Portenha com fala mansa.../ Vem para o salão.../ Vamos fazer a nossa apresentação.../ Vamos dançar.../ Não sou daqui.../ Sou de lá.../ Do outro lado da fronteira.../ Estou aqui para bailar.../ Portenha.../ Vamos dançar tango.../ Dê-me a sua mão.../ Chegue perto de mim.../ Encoste bem o corpo.../ O teu perfume me contagia.../ Irradia desejos.../ É meia noite.../ Virada do ano.../ Ano novo que vai chegar.../ O salão nos convida.../ A música é de Carlos Gardel.../ Quero virar dançarino de tango.../ De valsa e de bolero.../ Já sou professor.../ Linda Portenha.../ Vamos caprichar nos passos.../ Sem errar.../ Acertar nos compassos.../ Vamos bailar.../ Olhos pretos.../ Cabelos longos.../ Bela dançarina.../ Virar o ano dançando.../ Com uma linda argentina.../ É pura magia musical.../ Ainda mais.../ Bailando com uma/ Portenha que tem/ Profunda sensualidade.../ Lábios convidativos.../ Para longos beijos.../ Na arte de trocar os passos.../ Como o tango exige.../ Vamos dominar o salão.../ Vestido longo.../ Com fenda entre as lindas pernas.../ Portenha... Portenha.../ Vim de longe.../ Para dançar com você.../ Quero bailar até o fim da noite.../ Depois.../ Vamos descansar.../ De preferência nos braços/ Um do outro.../ Saudar a chegada do novo ano.../ Do novo dia.../ Com os corpos.../ Amortecidos.../ De tanto bailar.../ E amar.../ E amar.../

NÃO VOU ADORMECER SEM DEGUSTAR OS MEUS SONHOS

Ninguém prende um pensamento. Ninguém aprisiona uma alma ou um coração. O amor é livre e o gostar caminha junto com a liberdade. O desejo ...