OS HUMANÓIDES

Somos rudimentares/ Não usamos o conhecimento/ E o pouco que temos/ Usamos para aperfeiçoar a violência/ Isso gera desagregação/ Somos tão animais/ Que sacrificamos os animais/ Para matar a fome/ Temos sede de sangue/ O sangue nos alimenta/ Em todos os sentidos/ Que vai da vingança/ Ao jantar regado a picanha assada/ Ainda andamos juntos/ Com a ignorância/ Mas achamos que somos inteligentes/ Matamos por motivos fúteis/ Temos inveja da competência do outro/ Em vez de lutarmos para/ Conquistar o que o outro conquistou/ Sempre pensamos que somos os melhores/ Os outros é que são inferiores/ No final.../ Teremos o mesmo fim/ Uma cova cheia de bichinhos/ Loucos para devorar o nosso corpo/ A ciência ainda precisa/ Avançar anos luz/ Para deixar o homem digno de/ Viver numa sociedade humanizada/ Onde o tempo seja unitário/ E ande de acordo com as nossas necessidades/ E capacidades/ Somos tão pequenos/ Que usamos somente dez por cento/ Do cérebro/ O restante não sabemos o que fazer/ Para utilizar.../ Ainda assim/ Somos orgulhosos/ Violentos/ Arrogantes/ Cheios de melindres/ Precisamos de elogios/ Às vezes somos engraçados/ Desqualificados... Burros/ Porque necessitamos de veneno/ Que vai do cigarro... Cocaína/ Álcool... Maconha/ E outras drogas/ Para ficarmos antenados/ Esquecendo que temos a maior/ Energia que se chama adrenalina/ Desvalorizamos o pensamento positivo/ Somos apaixonados pelo negativo/ Sempre achamos que é melhor/ Engrandecer as energias inferiores/ Deixando de lado energias superiores/ A física quântica prova/ Que estamos rodeados/ De partículas atômicas/ Que estão à nossa disposição/ Para avançarmos a mundos superiores.../ Em vez de irmos por esse caminho/ Seguimos a estrada da ignorância/ Da infinita futilidade/ A raça humana/ Não está preparada/ Para usufruir dos benefícios/ Do conhecimento/ Ao contrário/ Usou o pouco conhecimento/ Para aperfeiçoar a energia atômica/ Largando bombas atômicas em/ Cidades japonesas/ Onde matou milhares de/ Pessoas inocentes/ Ao observar algumas pessoas/ Caminhando pelas ruas/ Chegamos a pensar que estamos/ Vendo criaturas disformes/ Cegas/ Opacas/ Sem conteúdo/ Voltadas em articular/ Contra seu próprio irmão/ Em outra visão/ Das avenidas do mundo/ Podemos ver seres/ Gordos.../ Quase explodindo de/ Tanto se alimentar e beber/ Estômagos repletos de restos mortais/ De animais indefesos/ Sacrificados em abatedouros modernos/ Somos podres/ Feios em todos os sentidos/ Vampiros para sermos mais atenuantes/ Que saciamos a nossa fome/ Grudados em pedaços de carne/ Repleta de gordura e sangue/ Campos minados de toda/ Espécie de bactérias mortais/ Ainda assim/ Temos a coragem de afirmar/ Que fizemos parte de uma sociedade moderna/ Que de moderna não tem nada/ Somos apenas pequenas criaturas/ Insignificantes/ Para sermos conservador/ Na análise poética.../