segunda-feira, 27 de junho de 2016
A LEVEZA DA NATUREZA
Mundo...! Mundo...!/
Cada vez mais distante/
Da alma e do coração/
Dos homens.../
Quando faço/
As minhas corridas/
Nas estradas de chão batido/
Sentindo o cheiro da terra/
A vontade é continuar correndo/
Para nunca mais voltar/
Para o asfalto/
Para o concreto/
Frio e desumano/
Viver como eremita/
Ao lado das energias revigorantes/
Das florestas.../
Dos rios e dos mares.../
Cansado da cidade/
E de suas vertentes tecnológicas/
Minha mente/
Não se desprende/
Daquele tempo/
Onde tudo corria na/
Maior singeleza do mundo.../
No último treino/
Nas montanhas do interior/
De uma ilha/
Que foi bonita/
Para viver/
Percebi o valor/
Da imensa qualidade/
Da linda beleza/
Que chega a ser uma realeza/
Trocar os passos/
Na terra... No chão batido.../
Ainda era cedo/
Ao passar por um sítio/
Fiquei emocionado/
Avistei um morador/
Dando alimento aos/
Seus animaizinhos/
Que alegres/
Cantavam em agradecimento/
Ao seu dono.../
No mais/
Tudo estava quieto/
Somente o perfume/
Da mata/
Era exalado/
Até o cansaço desapareceu/
Até porque/
Não podia ser diferente/
Não muito distante de mim/
Perto do céu.../
Um pássaro cantava/
Destravando o ambiente/
Seguia a minha corrida/
Fazia companhia/
Sua melodia/
Era de alegria/
Agradecia o corredor/
Por ter escolhido/
A cidade das árvores/
Dos canarinhos e das gaivotas/
Para treinar/
Quem sabe.../
Fazer uma troca de energia/
Fortalecer o corpo/
Contra as enfermidades do progresso/
Demonstrando que podemos/
Viver casados com a/
Natureza até o fim dos dias.../
Com os olhos/
Voltados para o céu/
Agradeci ao Pai/
Pela oportunidade de estar/
Correndo e correndo/
No mundo que Ele criou/
Antes que os homens/
Destruam a sua obra prima/
Chamada Terra.../
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