quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Um Olhar para o Tempo

Não tem como não deixar de ouvir O som do cair das bagas de chuva Numa tarde de domingo Dos outonos que os anos não trazem nunca mais Não é mais possível tomar banho nas águas do Rio Uruguai Quando eram ainda limpas e cristalinas Quando os peixes saltavam nas margens Quando o verde tomava conta das montanhas em volta do Rio Quando se podia também beber água de qualquer rio Em qualquer parte do mundo Não há mais possibilidade De se sair da cidade A selva de pedra não deixa e aprisiona Violenta a liberdade do cidadão Até a Lua... Amante das noites apaixonadas Poucas vezes clareia os grandes arranha-céus Hoje para desgraça de nossas vidas Convivemos com a violência mais cruel possível Ninguém respeita... Todos querem passar por cima do mais fraco Roubar e matar São coisas banais O mundo bem que poderia ser Um mundão de paz e simplicidade Onde todos pudessem dormir com a janela aberta Onde a agitação pudesse ser substituída pela calmaria De um imenso rio caudaloso... Onde as crianças e idosos pudessem caminhar tranquilamente Pelas praças e jardins Onde os passarinhos pudessem cantar na varanda das casas No nascer do sol e na chegada da noite Onde o barulho dos carros pudesse ser substituído pelo ruído das cachoeiras Onde as armas seriam substituídas Por pétalas de rosas brancas Enquanto esse mundo encantado não aparece Vamos levando a vida Como ela é... Sem perder a esperança De que por mais longa que seja a tristeza Um dia a felicidade reinará neste mundo sem alma

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