segunda-feira, 21 de abril de 2014

Amantes do Violão

O meu coração bate forte/ Como as cordas de um violão/ Numa noite/ Onde a neblina refresca/ A face do meu rosto/ Em total harmonia com os sentimentos/ Que rondam o meu ser.../ Ouço o som do chamamento/ O grito que acompanha a valentia/ De um dançarino/ Num imenso salão/ Onde um cantor/ Acompanhado de um violão/ Toca para que todos dancem/ Sem medo/ Sendo auxiliado/ Pelos anjos da musicalidade.../ A música é como uma viagem pelas nuvens/ Mexe com todas as partes do corpo/ Somos tocados na essência da alma/ É neste momento que somos levados/ Para conversar com os mentores de nossas vidas.../ Mas não seria ruim desfalecer/ Morrer e renascer no outro lado/ Se estivermos ouvindo uma música/ Onde as cordas de um violão sirvam/ De ponte para acalmar a dor da passagem Da vida a caminho da morte.../ O som de um violão/ Nos deixa embriagados/ Tontos e leves/ Prontos para desaparecer/ Numa estrada sem fim/ Somente a poeira levantando.../ Principalmente se for com uma “malagueña salerosa”/ Acompanhando os nossos passos/ Para adormecemos uma vida inteira/ Ao lado dela.../ Mesmo sendo pobres/ E Ela profundamente rica.../ E como é bom entregar o coração / Nas alturas do céu/ Nas curvas de longos caminhos/ Nas noites de uma linda música/ Sem receio de que um dia iremos morrer/ Até porque tudo é passageiro/ Provisório enquanto vivermos por aqui/ A vida deveria ser uma canção sem fim/ Uma melodia que nunca terminasse/ Que as cordas do violão fossem as noites/ E o som a madrugada/ Ao lado da mulher amada.../ Em noites de chuva fina/ O vento batendo nas copas das árvores/ As águas de um riacho/ Batendo nas pedras/ E nos troncos retorcidos../ Não tem como não deixar que a nossa alma/ Derrame todas as lágrimas/ E lá na frente/ Se tornem orvalho Para refrescar a paixão que temos/ Por uma vida bem vivida.../ Como é bom ouvir a melodia das alturas/ Que são tocadas nas nuvens/ Em concertos memoráveis/ Num imenso palco/ Com uma plateia de grandes seres/ Que fazem o violão/ Domar as mais incontidas cóleras dos presentes.../ É neste instante/ Que a nossa alma se liberta / Vai ao encontro dos antepassados/ Bate à porta dos guias e dos anjos/ E num cortejo de libertários/ Chega a formar uma orquestra/ De exímios músicos/ Liberando aos ouvidos mais insensíveis/ A insustentável clareza/ Que estamos a caminho do/ Paraíso que nunca foi perdido.../ Estamos indo embora/ Precisamos voltar/ Terminar a missão/ Mas o concerto continua/ Os olhos dos presentes estão parados/ Nos músicos/ O violão chora/ A alma reclama/ Porque ainda quer ficar/ Ama o universo/ Não quer voltar/ Tem que cumprir o prometido/ Assim depois de tudo/ Lá embaixo/ O nosso corpo/ Nos espera/ Para continuarmos a trajetória/ De viajantes e poetas/ Amados pelos anjos/ E acima de tudo especiais/ Que receberam/ O dom de declamar poesia/ Falar do amor com desenvoltura/ Sem medo/ Porque fomos criados/ Para fazer da vida uma/ Linda e eterna canção.../

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