sábado, 28 de abril de 2012

Voz Engasgada

Ninguém foi dormir/ O sono está longe/ Mas o silêncio está tão perto/ Que não dá vontade de falar nada/ A alma quer que tudo permaneça quieto/ Ela precisa ver o fundo do rio/ Deixar que a poeira abaixe/ Os pensamentos falam/ Viajam pelo infinito/ Sabem que o momento requer sabedoria/ A sombra do medo bate à porta/ Todos sabem o que está para acontecer/ Eles estão chegando.../ O silêncio avisou para a alma/ Que preferiu meditar/ Amanhã tudo estará acabado/ Não vai restar nada/ Nem mesmo a velha lareira/ A cabana que serviu de abrigo/ Por dezenas de anos/ Vai virar um monte de entulho/ Os homens fardados querem o nosso fim/ Porque pensamos demais/ Somos diferentes/ Gostamos de escrever/ Mostrando desvios morais/ Queremos vida nova/ Igualdade para todos/ É assim mesmo/ É o preço que vamos pagar/ Tudo na vida tem um preço/ Até mesmo para quem pensa diferente/ Mas o que é ser diferente?/ Diferente é dizer não/ Questionar o momento/ Para que o futuro seja melhor/ Mais livre e encantador/ Quando tudo estiver terminado/ Vamos voltar a cantar/ Mesmo que estejamos no jardim das oliveiras/ Ao lado dos amantes da luz/ Sentados perto dos lírios do campo/ Onde poderemos escrever os mais belos poemas/

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