quarta-feira, 16 de maio de 2012

Antigo Aposento

(Delio e Delinha) Fui rever a minha terra/ Pra matar minha saudade/ Cheio de felicidade/ Meus amigos encontrei/ A noite estava clara com o seu luar de prata Fui fazer a serenata invés de cantar chorei/ Percebi logo a saudade na memória uma lembrança/ Dos meus tempos de criança que brinquei na cachoeira/ Saracura no banhado bem-te-vi lá no pomar/ Quero ouvir o gorjear do sabiá laranjeira/ Naquela grande varanda na janela debrucei/ E na rede do passado muitas vezes balancei/ Comparando a minha infância com tudo que já passei/ Só da minha meninice que jamais esquecerei/ Quem me dera se voltasse pelo menos aos 15 anos/ Sofri tantos desenganos que nem gosto de lembrar/ Perdi minha mocidade após tanto sofrimento/ Meu antigo aposento regressei pra descansar/ Fiquei triste pensativo no recanto bem sozinho/ Para ouvir os passarinhos num cantar apaixonado/ Parece que eles diziam por que você foi embora/ Hoje é você quem chora recordando seu passado/ Gavião piava triste lá no centro do cerrado/ Pintassilgo no gramado, arapongas lá na mata/ Eu também cantava triste no braço de uma viola/ Não há nada que consola essa dor que me maltrata/

Nenhum comentário:

Postar um comentário

NÃO VOU ADORMECER SEM DEGUSTAR OS MEUS SONHOS

Ninguém prende um pensamento. Ninguém aprisiona uma alma ou um coração. O amor é livre e o gostar caminha junto com a liberdade. O desejo ...