sexta-feira, 14 de junho de 2013

A Sepultura da Paixão

Eu sei que as águas/ Não voltam mais/ Foram embora.../ Desceram o desfiladeiro do tempo/ Rasgaram as margens do rio do meu coração/ Detonaram as esperanças/ As águas que um dia foram caudalosas/ Hoje navegam violentamente/ Alterando o leito do rio/ Que selvagemente/ Não obedece mais as minhas vontades/ A única coisa que resta/ Na residência da vida/ É lembrar e escrever em forma de poema/ A dor que sinto.../ A saudade que mata o meu destino/ Eu sei que hoje você vive com outra pessoa/ Não poderia ser diferente para uma mulher/ Que conhece o coração dos homens/ Mas na calada do silêncio/ Na calmaria da tua alma/ Na solidão da cama.../ Quando o sono não vem/ Você lembra de mim.../ A recordação bate a porta do teu coração/ Silenciosamente você traz junto do teu peito/ As emoções da nossa paixão/ Porque tudo pode passar/ O que não passa/ É a história de grandes momentos/ Que duas pessoas viveram/ Isso também acontece comigo/ Quando o silêncio toma conta do meu quarto/ E a cama é a única companheira/ O céu fica estrelado/ E a lua cheia/ Alegre e bela/ Lança luz nos recantos escuros do mundo/ Vejo você vindo ao meu encontro/ É a minha amante da noite.../ Que vem saciar os nossos desejos/ De vestido preto e colado/ Rebolando e sorridente/ Abraça longamente o homem dono do teu destino/ Chego a sentir o teu perfume/ Corpos grudados.../ Bocas e línguas se misturam.../ Depois rasgando a noite/ Como dois loucos amantes/ Vamos matar todas as saudades/ Dançar nos locais de sempre/ Para acabar a noite.../ Somos guiados para um quarto qualquer/ De um motel na beira da estrada/ E ali.../ Morremos num desejo sem freio/ Desenfreados e exaustos/ Gostosamente mortos.../ Esperamos a noite adormecer/ E surgir o primeiro raio do sol/ Para abrir a sepultura/ Nossa eterna residência... /

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