quarta-feira, 25 de julho de 2018

NO ACONCHEGO DAS ALMAS

Na silenciosa noite/Escura e melancólica/Procuro as estradas/Tomadas pelas ervas daninhas/Tento encontrar os passos/Dos amores que deixei no calor/Das noites quentes de verão/Nunca fechei porta/Nem as janelas da minha alma/Em algum dia fechei/Nas intermináveis estradas que percorri/Sempre construí uma bela paixão/Que devido/A minha alma nômade/Deixei plantada a semente do amor/Que acredito/Muitas germinaram/Outras desfaleceram por falta de regar/Ou por saudade/Ou quem sabe/Preferem o silencio/Quando a noite domina o infinito/Mostrando as estrelas alegres/Olho para o céu/Tento encontrar a estrela mais cintilante/Capto a energia do universo/Converso com os astros e interajo com eles/Troco informações sobre as almas apaixonadas/Que perambulam pelos mundos afora/Sentado numa pedra/Ao lado de um pequeno riacho/Continuo a vagar/Deixo o pensamento navegar/Sem amarras/Me sinto um pássaro noturno/Voando em todos os cantos/Que um dia entreguei o meu coração/Como não somos donos de ninguém/Apenas depositários de amores fortuitos/Continuamos pintando quadros/Com as mais belas mulheres/Que também/Experimentam os momentos meigos e sensuais/Assim vamos trocando os passos/Degustando cada sentimento/Que servem para nos fortalecer na infinita caminhada pela terra/Já no final da noite/Quando o frio da madrugada penetra o coração/Recolho as impressões/Me entrego ao sono/Ao sonho de um vivente/Crente de que apenas somos pequenos viajantes/Visitantes de um lugarejo/De uma comunidade/Que logo/Muito logo/Voltaremos ao aconchego da nossa casa/Onde vamos colocar os olhos/Nas almas que verdadeiramente/São os nossos eternos amores...

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