Vladimir Maiakovski
Na primeira noite eles aproximam-se e colhem uma flor do nosso jardim
e não dissemos nada.
Na segunda noite, já não se escondem;
pisam as flores, matam o nosso cão,
e não dizemos nada.
Até que um dia o mais frágil deles
entra sozinho em nossa casa,
rouba-nos a lua
e, conhecendo o nosso medo
arranca-nos a voz da garganta.
E porque não dissemos nada
Já não podemos dizer nada.
sábado, 9 de julho de 2011
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