sábado, 1 de outubro de 2011

O Silencio da Morte

A solidão da morte A saudade de quem foi Para um lugar onde ninguém Veio para dizer se é bom ou ruim As lágrimas são solitárias Onde o morto não consegue chorar Apenas observa com os olhos fechados O choro daqueles que nunca o amaram Está quieto na solidão do seu caixão Esperando para ir morar na cidade dos mortos Na hora da despedida Todos lamentam a partida Depois o tempo passa A solidão toma conta da saudade É o silencio da tumba E das lágrimas que secaram No leito da morte Os mortos viram heróis Os defeitos desaparecem As qualidades sobressaem Até porque todos ficam com dó Do moribundo sem vida Todos querem fugir dela Mas ela é implacável Severa e serena Tranquila e pacienciosa Aguarda na esquina da vida A chegada de todos nós Nascemos para morrer Morrer para viver longe daqui Junto da solidão do cemitério Ao lado de outro morto Que não fugiu da morte Apenas esperou para pegar carona Com o comboio dos falecidos

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