segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

SUJAS PALAVRAS

Poema sombrio/ Escuro como um breu/ Onde a sombra se mistura/ Com a escuridão de uma noite sem fim/ Intensas palavras/ Que se perdem nas ruelas sujas/ Onde os paralelepípedos estão lisos pelo tempo e pelo vento/ Bares repletos de boêmios/ Consumindo inúmeros copos de bebida destilada/ Sem nenhuma preocupação com o amanhã/ Porque talvez não estejam vivos.../ Prostitutas cansadas/ Dos programas realizados/ Mas prontas para mais um programa/ Vento que sopra/ Levando a sujeira para todos os lados/ Tornando o clima mais frio... feio/ E a noite mais melancólica/ Rua com sua história de seres inacabados/ Porque não conseguiram encontrar a luz/ Que nunca se acendeu em suas vidas.../ Poema sujo/ Porque relata a vida daqueles/ Que jamais conheceram a suavidade da existência/ Sujo para a elite em todos os sentidos/ Palavras cheias de verdades que os hipócritas/ Têm medo de expô-las/ Letras carregadas/ Escritas em caixa alta/ Verdadeiros panfletos/ Feitos para uma esquerda desiludida/ Com a Revolução Socialista/ Que ficou na imaginação/ Nas mesas dos bares/ Livros guardados em bibliotecas/ Sem que ninguém leia/ Mas que um dia foi sonho do maldito escritor.../ Romances escritos na calada da noite/ Que para nada serviram/ Estão sendo vendidos em sebos/ Nas ruelas sujas/ Em subúrbios das grandes cidades.../ Poetas e escritores/ Mestres em contradições/ Fracassados numa vida/ Totalmente desorganizada.../ Peças de teatro/ Refletindo as realidades/ Ou talvez as falsas realidades/ De uma sociedade a caminho da destruição/ Atores e atrizes/ Artistas que são verdadeiros gênios/ Mas que na vida real/ Carregam vícios de toda ordem.../ Tudo está sujo/ Ou melhor/ Sempre esteve sujo.../

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