quarta-feira, 29 de agosto de 2018
NOITE DAS CABEÇAS CORTADAS
Grama verde/Molhada pelo sereno da noite/Pela umidade da escuridão/Que domina a planície/Árvores contorcidas pelo vento/Demonstram inquietude/Revolta/ Folhas caem/Para formar um espesso manto/Onde os jacobinos/Vão passar/Na calada da noite/No silêncio perturbador/Dois seres caminham/Estão procurando a saída/Do estado melancólico que se encontram/Tentam aceitar/O fim trágico/Tentam entender o porquê da condenação/Muitas noites/Muitos invernos/Perambulam desesperançados/Foram trazidos numa noite chuvosa e fria/Estão condenados/Mas agora é tarde/Estão colhendo/Na imensidão da noite/As ideias reformistas/Que pregaram ao longo do tempo/São poetas/Criaturas odiadas pela classe dominante/Já cansados/Sentam à beira de um riacho/Escutam vozes/Passos se aceleram/O medo toma conta/Está na hora do adeus/Dois carrascos estão chegando/Serão levados para a guilhotina/Cabeças vão rolar/Separadas do corpo/Serão fincadas em postes/Para servir de exemplo/Noite termina/Execução dos revolucionários acaba/No alto/O sol aparece/Na rua empoeirada/As pessoas observam as cabeças sendo devoradas/Pelos corvos/Que se alimentam rindo da desgraça dos pensantes/Qual o crime?/Questionaram o poder da elite exploradora/Questionaram a falta de liberdade/Questionaram a falta do livre pensar/Questionaram o sofrimento dos oprimidos...
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