sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Insensato Amor
                                                                                                                 

Sou a âncora
Que segura teu corpo
Quando chega cambaleando
Nas madrugadas frias
E por ser teu porto
Esqueço o asco do
Teu hálito alcoólico e
Beijo tua boca
Imaginando a leveza
E a beleza
De uma cachoeira cristalina

Sou a tua cama
Que descansa teu corpo
Depois de intensas orgias
Sou o teu caminho
Tua razão de sempre viver
Corpo que sempre foi meu
Que em alguns momentos
A madrugada toma você de mim

Sou o teu lado claro
Que clareia do teu lado escuro
Como o sol que ilumina a terra
Os raios do meu coração
Indica o repouso para a tua alma

Sou o acerto
Dos teus erros
A história que tenta escrever sem mim
Como uma página em branco
Tento com linhas tortas
Mostrar que o final
É sempre igual

Sou o teu sim
Depois de ter recebido inúmeros não
De outros
Que prometem um castelo
Mas que nada mais é
Que uma eterna prisão
Sou enfim
Aquilo que sempre quis ter
Como um paraíso
Espero por você
Mesmo que tenha que caminhar
Atrás dos teus passos
Encobertos pela poeira escura

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