sexta-feira, 15 de julho de 2016

CONTORCIDAS CURVAS DAS MARGENS

Lá no fundo do quintal/ Ao lado de um riacho/ Um pássaro pousa/ Em cima do tronco/ De uma velha árvore/ Para observar a chuva cair.../ Remexe as asas/ Para tentar se secar/ Da molha que está levando.../ O barulho das pesadas/ Bagas de chuva/ Nas folhas das árvores/ E o alegre/ Canto da ave/ Fazem nascer uma sinfonia/ De uma beleza sem igual.../ Se na cidade/ É o barulho dos carros/ Que forma uma/ Melodia que atordoa a cabeça.../ No interior/ É o barulho da natureza/ Que acalma a alma.../ A musicalidade dos rios/ Desviando das pedras.../ O balé das cachoeiras.../ A dança das árvores/ Nas grandes planícies.../ O voar das aves/ No amanhecer.../ Formam uma linda orquestra/ Comandada pelo sol e/ Aplaudida pela lua/ Nas noites estreladas.../ Quando a noite/ Dá os primeiros sinais/ De despedida/ Porque vai descansar.../ Os raios do sol/ Começam a avisar/ Que a claridade/ Do rei/ Vai iluminar a casinha/ Branca de janelas azuis/ Construída no grande platô.../ Enquanto na cidade/ A luz elétrica/ Confunde o dia pela noite/ Transformando a vida/ Numa fria e/ Triste sinfonia/ O sertão caminha sintonizado/ Sem machucar a mente/ Do vivente/ Que escolheu o sertão/ Para viver.../ Na frente da casinha branca/ Um rio viaja/ Caudalosamente para os braços do oceano.../ Para aproveitar a navegação/ O caboclo usa a canoa/ No transporte dos alimentos.../ Nesse vai e vem/ Que alegra o coração/ Na curva do rio/ A canoa/ Dá a sua última virada/ Vai desaparecendo/ Entre as contorcidas/ Curvas das margens.../ Nessa dança/ Que mais parece um tango/ Onde as almas se encontram/ E as mágoas são enterradas/ Nasce um novo ser/ Crente de que para viver/ Fará parte do grande mecanismo/ De que para isso/ Haverá muito que se contorcer/ Assim como as contorcidas/ Margens da vida.../

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