terça-feira, 25 de abril de 2017
ESSE ALGUÉM
Nem lá no céu/
Muito menos aqui na terra/
Você vai encontrar/
Alguém que te amou tanto/
Quanto eu te amei/
Hoje você é uma alma vazia/
Sem parada/
Repleta de incertezas/
Não tem amor/
Muito menos paixão/
Não tem sexo/
Vive por viver/
Com alguém/
Que não tem nome/
Muito menos sobrenome/
Tem apenas uma sombra/
Que te acompanha/
De noite e de dia/
Nas horas amargas/
Muitas vezes/
Vê nesse alguém/
A minha imagem/
Que reflete nos teus olhos/
Um passado de profunda/
Sensibilidade amorosa/
Um dia você jogou a chave/
Do teu coração/
Para que o meu amor/
Dali nunca saísse/
Por um motivo fútil/
Seguiu esse alguém/
Esquecendo que dentro do/
Teu coração/
Vou permanecer para sempre/
Nunca joguei fora/
A chave do meu coração/
Porque sempre senti/
Que você era uma mulher/
Fácil de influenciar/
Por efêmeros momentos/
Como o tempo é senhor/
Do destino/
Você vive desatinada/
Tentando me encontrar/
Ou em último caso/
Encontrar a chave do teu coração/
Que um dia jogou fora/
Vai viver ao lado desse alguém/
Que nunca te amou/
Serão apenas dois irmãos/
Sem nada para oferecer/
Um para o outro/
Sofrendo pelos caminhos errados/
Que tomaram/
Como duas almas penadas/
Perambulando entre a terra e o inferno/
Certa primavera/
De alguns anos passados/
Quando tivemos a última/
Noite de amor/
Numa despedida que não/
Sai da minha memória/
Profetizei a tua vida/
Falei o que seria/
Você sem mim/
Ao lado desse alguém/
Estava escrito nos teus olhos/
Não acreditou/
Seguiu esse alguém/
Por uma estrada repleta/
De obstáculos/
Longe do calor do meu amor/
Tenho pena/
Porque você sofre/
Na calada da noite/
Dorme ao lado desse alguém/
Como dois estranhos/
Sei que você chora/
O teu coração lateja/
Sente saudades de mim/
Lembra do nosso tempo/
Procura pelas estradas/
Alguém que me substitua/
Bate em várias portas/
Portas que se fecham/
Ao primeiro toque/
Das tuas fracas mãos/
O amor/
É algo único e profundo/
Agora/
A única maneira de restabelecer/
O nosso grande amor/
É você largar esse alguém/
Voltar.../
Bater à minha porta/
Que estará aberta para você/
Porque até agora/
Não vivo com ninguém/
Se não for com você/
Prefiro viver sozinho/
A estar ao lado/
De quem não gosta de mim/
sexta-feira, 21 de abril de 2017
SOU DESCRENTE DA PALAVRA VAZIA
SOU DESCRENTE DA PALAVRA VAZIA
Sou um vivente de grandes desafios/Vida de provas/Provas de uma vida eloquente/Descrente de falsas promessas/Não sou vidente/Videntes existem muitos/Muitos são falsos/Não acredito em coisas que não vejo/Até mesmo as coisas que já senti/Muitas vezes fui enganado/Sou um transeunte/Que caminha/Mas que não acredita mais/Em palavra bonita/Quando não vem acompanhada de uma bela atitude/Sou um vivente de um mundo/Onde palavras são expressadas sem nenhuma responsabilidade/Acredito e não duvido/Quando na mão direita vem uma frase bonita/E na esquerda a prova do que se está dizendo/O importante não é a palavra/Porque a palavra o vento leva/O fundamental na vida/É mostrar com atitude de que o sentimento só é verdadeiro/Quando a prova vem embalada num lindo pacote de presente/Ás vezes o silencio fala mais alto/Quando o exemplo é colocado na frente de todos os viventes do mundo/
segunda-feira, 17 de abril de 2017
A FLOR SILVESTRE
Estou aqui para aquecer/O frio que ronda a vida/Vida renhida/Teimosa vida/Construída em cima de combativos percalços/Embates que resultaram em diversas cicatrizes/Tanto na alma/Quanto no coração/Estou aqui para matear todas as conversas/Que ficaram arquivadas nas prateleiras do raivoso tempo/Do nosso jeito de trocar carícias/O teu meigo jeito de olhar/A tua forma determinada de me querer/Quebraram o meu xucro jeito de te querer/Linda mulher/Flor do campo/Flor silvestre/Que nas longas caminhadas/ Quando sentíamos o perfume das flores silvestres/Espalhadas pelas planícies e pelos campos/Você esquentava o meu rosto frio com quentes beijos/Estou aqui sentado/Na beira de uma encruzilhada/Ao lado da sanga/Conhecida por nós/Palco das nossas primeiras caricias amorosas/Eu sei/Que você não vive mais/Entre os viventes deste chão batido/Mesmo assim/Estou aqui/Para entre um e o outro suspiro nostálgico/Conversar com as rajadas do vento sul/Que por alguma razão/Trás de volta/As imagens/O som das nossas conversas/Que ainda perambulam solitárias/Pelas imensas paisagens campestres da nossa terra natal...
A FRIEZA DO TEMPO
Ontem eu vi você/Mas não era você/Era outra pessoa/Totalmente diferente/Você tinha glamour/Espalhava beleza por todos os cantos/Era linda/Até os teus olhos mudaram de cor/Vi apenas uma mulher sem nada para oferecer/Aquela que um dia amei/Estava ali na minha frente/Com os olhos perdidos/Tristes e sem carisma/Olhava para mim/Procurando aquele que um dia foi dono do seu coração/Olhei duas vezes/E não consegui senti saudade/Apenas um grande vazio tomou conta do momento/Você que um dia/Tive o privilégio de conhecer/Desapareceu com a névoa do tempo/Quem estava ali/Era uma fotografia amarelada pelo tempo/Não tive vontade de conversar com você/Porque não era você que um dia foi a dona do meu coração/Quando fui embora/Senti certa tristeza/Pena/Porque imaginei que seria diferente aquele encontro/Que sentiria alguma vontade/Até mesmo de trocar algumas palavras/Para minha decepção/Você não era você...
domingo, 16 de abril de 2017
SOU ASSIM
Sou da escola trovadorista/Sou um poeta trovador/Sou um pássaro que não tem ninho/Faço da vida/Uma grande aventura/Paro em qualquer lugar/Não tenho medo de cara feia/A morte não me amedronta/Estou pronto para viajar/Para nunca mais voltar/Sou do tempo que o amor de uma mulher/É a razão na vida de um homem/Quando for abandonado/Não vou procurar quem me abandonou/Nunca vou bater numa porta/Que um dia foi fechada na minha cara/Não tenho medo de ficar doente/Porque sei/Que nada é eterno/Até a mesmo a dor tem uma prazo de duração/A minha alma nunca vai morrer/Faço da solidão/A força do meu destino/Faço da dor/A energia vital da vitória/Nasci num rancho de terra batida/Num cantão do Rio Grande/Sou filho de mãe prostituta/Vendo a noite sendo trocada pelo dia/Desde cedo/Muito cedo/Ganhei a estrada/Rolei pelo mundo/A procura de um aconchego/Que demorou para chegar/Quando chegou/O destino assassinou/De lá prá cá/Sou do mundo/Como caminhante/Vou deixando rastro/Se pensar em voltar/Para resgatar algum sentimento que ficou perdido na imensidão do estradão das terras que visitei/Sou assim/Não tenho medo de ser assim/Porque assim vou morrer
CARTAS DA MEIA-NOITE
Meia-noite/
Noite das misteriosas cartas/
Cartas de amor/
Amor que surge/
Com a escuridão da noite/
Noite da cumplicidade/
Entre dois corações/
Cartas da meia-noite/
Quando tudo é permitido/
Até mesmo sonhar/
Sonhar que nunca vão acabar/
As cartas da meia-noite/
Momento dos amantes/
Que se escondem/
Atrás de pequenas máquinas/
Para a entrega total/
Numa louca ficção/
Longe da realidade/
Cartas que serão lidas/
No dia seguinte/
Quando o silêncio/
Tomar conta do coração/
Do outro amante/
Cartas que declaram amor/
Paixão.../
E acima de tudo/
A confissão que sai/
Do coração/
Para ir ao encontro dos amantes/
Cartas da meia-noite/
Noite dos lobos/
Felinos da paixão/
Predadores da sensualidade/
Caçadores de insustentáveis/
Momentos de amor/
Noite que recebe as cartas/
Escritas na solidão à meia luz/
Entre um gole e outro/
De uma bebida/
Com um som musical/
Que atravessa o ambiente/
Para tornar o recinto inspirador/
Conspirador das/
Cartas da meia-noite/
Instrumento de prazer/
Prazer que só os amantes/
Conseguem externar/
No toque sensual dos corpos/
Cartas/
Escritas/
Legíveis/
Ou datilografadas/
Num papel branco/
Ou numa máquina fria/
Que às vezes/
É um frio traidor/
Cartas da meia-noite/
Sem carteiro/
Sem endereço fixo/
Palavras levadas por/
Pequenas máquinas/
Que fazem de tudo/
Chegam até mesmo/
Tirar retratos/
Que servem para ilustrar/
As cartas da meia-noite/
sexta-feira, 7 de abril de 2017
O GRITO
Sou um grito/Grito de amor/Grito de ódio/Grito de liberdade/Grito na escuridão da noite/Grito de despedida/Grito quando amanhece o dia/Quando escurece/Quando estou dormindo/Quando morrer/Grito de paixão/Voz que sai da garganta/Levada pelas nuvens e pelo vento/Grito quando estou caminhando pela vida/Grito na janela/Para dizer ao mundo/Que sou poeta/Grito no silêncio da dor/Grito pela saudade que tenho/Dos meus amores que ficaram no passado/Grito na vitória/Grito na derrota/Grito porque sou livre/Grito porque não tenho nenhuma corrente/Prendendo a minha alma/Grito porque quero gritar/Grito porque ninguém vai cortar a minha garganta/Garganta que só vai silenciar/Quando estiver morrendo/Mesmo assim/Farei do meu suspiro/O grito de viva a liberdade
segunda-feira, 3 de abril de 2017
POEMA AO AMOR QUE TENHO POR TI
Pegue-me/
Leve-me/
Para bem longe/
Perto da curva do rio/
Que te conheci/
Segure-me pela mão/
Mão aberta por ti/
Não perca tempo/
Tempo que não retorna/
Mas retorna por ti/
Atire-se em meus braços/
Braços abertos por ti/
Por ti que tenho/
Um sonho/
Sonho de morrer juntos/
Juntos enterrados/
Enterrados no alto/
Da montanha/
Mais alta do mundo/
Mas depois de viver bastante/
Bastante o suficiente/
Para provar/
Que o amor e a paixão/
Ainda existem/
Num mundo repleto/
De desilusão/
Pegue-me pela mão/
Não demore/
Demore o suficiente/
Para fugir comigo/
Você não pode demorar/
Pode apenas/
Agarrar-me com força/
Força do amor/
Amor que sinto por ti/
Se fugir comigo/
Não olhe para trás/
Passado infeliz/
Feliz será o teu futuro/
Grudada nos meus braços/
Braços que sempre estiveram/
Abertos por ti/
Não tenha medo da fuga/
Fuga organizada por mim/
Tudo vale/
Será a fuga dos amantes/
Fuga tanto sonhada por ti/
Jogue tudo para o ar/
Ar que respiro/
Respiro por ti/
Dê adeus à vida/
De mesmice/
Mude de uma vez por todas/
Adentre no trem da paixão/
Não perca o horário/
O trem vai passar à meia-noite/
Noite da nossa paixão/
Paixão que tenho por ti/
Jure que nunca mais vai voltar/
Ao lar que habitou/
Antes de conhecer/
O teu trovador/
Trovador que cantou/
Uma serenata no pé/
Da janela da tua casa/
Venha cantando/
A bela voz que tem/
Tem amor por mim/
Que seja a canção do adeus/
Adeus para aquele/
Que nunca te amou/
Amou todas da rua/
Deixando de te amar/
Por ti/
Vou esperar/
Como sempre esperei/
Naquela curva/
Da estrada dos nossos encontros/
Encontros batizados de adultério/
Adultério abençoado/
Pelo filho do homem/
Quando passou pela terra/
Não traga nada/
Deixe tudo/
Até as roupas que ele te deu/
Deu para enganar a tua inocência/
Inocência reconhecida/
Por aqueles que te conhecem/
Venha apenas/
Com o amor que tem por mim/
Amor que tenho por ti/
Vamos morar na velha casinha/
Casinha de madeira/
No alto da montanha/
Montanha repleta de/
Árvores floridas/
Que vão florir/
O nosso destino/
Destino escrito/
Descrito por todos os poetas/
Poetas de ontem/
De hoje/
E de amanhã/
Vamos viver/
Até quando a morte chegar/
Chegar ao portão do/
Nosso jardim/
Jardim com perfumosas rosas/
Rosas vermelhas/
Brancas e amarelas/
Venha/
Mas venha cantando/
A canção que embalou/
A nossa paixão/
Paixão construída/
Nas madrugadas/
No silêncio da noite/
Noite que nunca tinha fim/
Fim que nunca teremos/
O amor do travador/
E o amor da princesa abandonada/
Pelo marido que nunca teve/
Vamos atravessar as fronteiras do além/
Além que ninguém veio/
Para dizer que tem/
Ao cantar a canção/
Do teu adeus/
Sinta apenas o/
Amor que tenho por ti/
sábado, 1 de abril de 2017
MULHER QUE LÊ SORTE
Cigana/
Morena da sorte/
Sorte de ter te encontrado/
Tirou a minha sorte/
Sorte de ser linda/
Linda que não sabe viver/
Viver ao lado/
De outro cigano/
Vida cigana/
Cigana vida/
Que escolheu/
Cigana/
Olhos pretos/
Cabelos longos/
Cheirosos/
Que um dia me enrolei/
Enrolei até que desapareceu/
Cigana que caminha na praça/
Lendo a sorte/
Não tem sentimento/
Não tem sorte/
Sorte que escapou/
Da estrada da vida/
Cigana/
Pobre mulher/
Mulher que não tem dono/
Em cada cidade/
Cidade que encontra/
Um amor temporário/
Nada é para sempre/
Tudo é rápido/
Começa e logo termina/
Cigana/
Mulher que lê sorte/
Nunca mais apareça/
Querendo ler a minha sorte/
Sorte que nunca dependi de ti/
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