segunda-feira, 17 de abril de 2017

A FLOR SILVESTRE

Estou aqui para aquecer/O frio que ronda a vida/Vida renhida/Teimosa vida/Construída em cima de combativos percalços/Embates que resultaram em diversas cicatrizes/Tanto na alma/Quanto no coração/Estou aqui para matear todas as conversas/Que ficaram arquivadas nas prateleiras do raivoso tempo/Do nosso jeito de trocar carícias/O teu meigo jeito de olhar/A tua forma determinada de me querer/Quebraram o meu xucro jeito de te querer/Linda mulher/Flor do campo/Flor silvestre/Que nas longas caminhadas/ Quando sentíamos o perfume das flores silvestres/Espalhadas pelas planícies e pelos campos/Você esquentava o meu rosto frio com quentes beijos/Estou aqui sentado/Na beira de uma encruzilhada/Ao lado da sanga/Conhecida por nós/Palco das nossas primeiras caricias amorosas/Eu sei/Que você não vive mais/Entre os viventes deste chão batido/Mesmo assim/Estou aqui/Para entre um e o outro suspiro nostálgico/Conversar com as rajadas do vento sul/Que por alguma razão/Trás de volta/As imagens/O som das nossas conversas/Que ainda perambulam solitárias/Pelas imensas paisagens campestres da nossa terra natal...

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