quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

O TEMPO E O VIOLÃO

Triste violão/ Ainda lembro/ Das músicas que ouvia/ Nas tardes frias/ De domingo/ De um tempo/ Que teima em não/ Sair da memória.../ Os anos andaram/ As imagens permaneceram/ Cravadas no coração/ Ainda menino/ Chegando à adolescência/ Vislumbrando um novo mundo/ Ficava sentado/ Com o coração apertado/ Vendo o violeiro/ Dedilhar as cordas do/ Velho violão/ Ali.../ Na frente da casinha de madeira/ Na costa do Rio Uruguai/ Com os olhos fixos/ Pensantes.../ Anestesiado pelo encanto da/ Música cabocla/ A imaginação viajava/ Via-me em outro lugar/ Interagindo com um mundo/ Que não conhecia/ Cada música/ Era uma história que iria viver/ Eram tantas melodias/ Que perdi a conta/ O tempo viajou/ Viajei com ele/ O tempo não envelheceu/ Continua por aí/ Desafiando os caminhantes/ Eu envelheci/ Amadureci/ O violão desapareceu/ Talvez tenha ido embora/ Com o violeiro/ Que nunca mais vi/ Mas as melodias continuam/ Sendo tocadas/ Dentro do meu coração.../ Pelo violão do tempo.../ Fazendo da minha vida/ Uma eterna canção.../

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