quinta-feira, 26 de maio de 2016

DIVAGAÇÕES DE UM VIAJANTE

Às vezes sinto/ Que sou um viajante/ Não carrego malas/ Nem dinheiro/ Ando pelas estrelas/ Pelas estradas/ Prefiro caminhar pela noite/ Na companhia de seres silenciosos/ Percebo que na Terra/ Tenho prazo de validade/ De tão inexpressivo/ Que chego a ser descartável/ Viro pó/ Numa cova/ Sendo alimento/ Para os vermes da terra.../ Ou queimado/ Num crematório/ Dessa maneira/ Sou eterno aprendiz/ Por isso gosto da liberdade/ Vivo este minuto/ Porque sinto no meu ser.../ As sensações do/ Amor e da paixão/ São coisas temporárias/ Como brasa forte/ Que chega a queimar/ Depois de tudo/ Transformam-se em cinzas/ Que o vento se/ Encarrega de levar/ Para bem longe.../ Percebo ainda/ Que não adianta/ Ficar preocupado/ Com o inusitado/ Independe de mim/ Posso até fazer/ Um mapa com o trajeto/ No meio do caminho/ Tudo muda/ É melhor fazer da vida/ Uma viagem/ Vou para o mesmo lugar/ Que os outros vão/ Só não quero/ Ficar preso numa cama/ Sem movimentos/ Morrendo de dor/ Esperando que a dor/ Mate-me de uma vez.../

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