quinta-feira, 20 de outubro de 2016

ESTIRPE CIGANA

As estrelas ainda não tinham/ Indo embora.../ Quando você olhou Para mim... Sorriu... Beijou-me demoradamente... Suspirou nos meus braços... Abriu a porta do quarto... Saiu lentamente... Deixando para trás... O ambiente contaminado... Da sensualidade e da luxúria... Preferiu sair sozinha... Deixou-me jogado... Na cama... Totalmente desarrumada... Você também estava levando Para casa... Uma fisionomia exaurida... Rosto branco... Demonstrando que a orgia Tinha sido forte e Gostosamente desgastante... Sempre foi assim... Entre nós... Sempre existiu Muito sexo... Como dois animais selvagens... Brigas intermináveis... Paz... Somente na cama... Depois... Cada um para o seu lado... Nunca ouve despedida... Somente um até logo... Quando a saudade bate à porta... Vou atrás de você... Ou você vem me procurar... Somos itinerantes Na vida amorosa... Somos do mundo... Mas ele não nos pertence... Não temos limites... Fizemos da vida... Uma longa dança... Ou uma bela música... Temos a nossa própria estrada... Choramos sozinhos... Cada um com seus dilemas... Somos felizes separados... Talvez tenhamos nascido Num dia em que não havia Estrelas no céu... Ou na lua minguante... Ninguém nos preenche... Nascemos para viver Sem criar raízes... As nossas raízes estão cravadas No solo mais profundo... Enfrentamos tempestades... Frio e calor... Muitas vezes envergamos... Mas até agora... Estamos de pé... Parece que existe uma corda Entre nós... Que não deixa aumentar a distância... Os caminhos que nos separam... Não criam mato... Porque sempre o trilhamos... Há dias... Em que pego o violão... Uma caneta... Um papel... Componho uma canção... Sempre pensando em você... Sobre as nossas loucuras... Você faz a mesma coisa... Assim vamos levando a vida... Entre poemas e canções... E a vida vai nos guiando... Da forma mais sensual possível... Linda... Louca e Profundamente musical...

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