quinta-feira, 3 de novembro de 2016
A PERPETUIDADE DO CAMINHO
O tempo é o prazo que/
A eternidade ofereceu/
Para a caminhada.../
As pedras que encontrei/
Foram sinalizações.../
Indicações.../
Da direção que segui.../
Não posso voltar.../
Tenho que ir em frente.../
Ainda era bem cedo/
Quando resolvi conhecer o tempo.../
Abrir espaço rumo à eternidade.../
Meio sem jeito.../
Tímido.../
Caminhei.../
O relógio não parou.../
Não olhou para mim.../
Cada um seguiu a sua trajetória.../
Passei o amanhã da vida/
Conhecendo a realidade.../
Fiquei assustado.../
Muitas vezes errei a estrada.../
Demorei a voltar.../
O relógio bateu meio-dia.../
Na esquina da vida almocei.../
Talvez não fosse a melhor refeição.../
Mas foi a única que consegui.../
A tarde chegou.../
Caminhando ainda estou.../
Agora mais experiente.../
Mais tranquilo.../
Consigo caminhar seguro.../
Lá atrás da montanha.../
O sol indica que vai adormecer.../
A idade também está indicando/
Que logo a noite vai chegar.../
O corpo está castigado.../
Talvez cansado pela imensa caminhada.../
Confesso que a trajetória não foi inglória.../
Quando a noite tomar conta do mundo.../
Vou pegar o meu violão.../
Tocar uma melodia.../
Aquela que mexe com o coração.../
Que relembra os nossos amores.../
Sentar num banco/
Numa estação de trem.../
Esperar a chegada.../
Embarcar com o coração leve.../
Pronto para voar para outros ares.../
Talvez com saudade.../
Daqueles que ficaram caminhando.../
Assim vejo o tempo.../
Invisível.../
Implacável.../
Temido.../
Desconhecido.../
Sem emoção.../
Mas faz parte das nossas vidas.../
Mesmo não querendo.../
Ele é dono da nossa sina.../
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