sábado, 24 de dezembro de 2016

NÃO TENHO CULPA

Não tenho culpa.../ Se o meu coração é assim.../ Não sou culpado pela/ Teimosia de ele ser um/ Misterioso solitário.../ Um viajante amoroso.../ Um pássaro sem ninho.../ Não me culpem.../ Nasci assim.../ Talvez por amar a poesia.../ E ser amante da noite.../ O meu coração esteja se vingando.../ Ele não é sentimental.../ É precoce na forma de amar.../ Algumas vezes/ Chegou a se apaixonar.../ Coisa que não acredito.../ Porque logo.../ Pegou a estrada/ Como um nômade das montanhas.../ Saiu caminhando.../ Sem dizer adeus.../ Não tenho culpa.../ Não mando no meu coração.../ Não mando na minha alma.../ O meu corpo é escravo da vontade deles.../ Tanto o coração.../ Quanto a alma.../ Fazem o que querem das minhas/ Vontades.../ Eles são saudosistas.../ Preferem curtir as aventuras do passado.../ Que ficar fixado numa paixão.../ O coração prefere conhecer/ O mistério da solidão.../ Ficar à sombra.../ Olhar as noites estreladas.../ Fazer amor em noites de lua cheia.../ Às vezes acho que o meu coração/ É um lobo feroz.../ Sai à caça das presas/ Quando o dia se despede.../ A minha alma.../ Vai mais longe.../ Fica o tempo todo.../ Procurando paixões de outras vidas.../ Toda vez que conhece alguém.../ Logo entra nos ecos do passado.../ Quer ver os relampejos das almas.../ Ali fica.../ Tentando trazer para o presente/ Imagens que o tempo não trará/ Mais de volta.../ Há noites.../ Em que a minha alma.../ Viaja para lugares distantes.../ Não tem vontade de voltar.../ Procura aqui.../ Ali.../ Por outras almas/ Que amou no passado.../ Acordo cansado.../ Com uma profunda saudade.../ Que não consigo entender.../ Não tenho culpa.../ Sou escravo.../ Escravizado por loucos amores.../ Criados pelo/ Coração e pela/ Minha alma.../ Que não se cansam.../ De fazer de mim.../ Um andarilho.../ Um dançarino perdido no salão.../ Um violeiro sem palco.../ Um caminhante desnorteado.../ Não tenho culpa.../ Culpem o destino do meu coração.../ A saga da minha alma.../ Que teima em não viver o presente.../ Como se não estivesse vivendo o agora.../ Agarra-se nas escaramuças de/ Um passado/ Repleto de histórias amorosas/ Que resultaram em trágicos acontecimentos.../

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