sábado, 10 de setembro de 2016

AS ÁGUAS DE UM PEQUENO RIACHO

Depois de caminhar/ Uma longa estrada/ O viajante senta para descansar.../ Já cansado.../ Olha para o caminho percorrido/ Viaja no tempo.../ Vai buscar os melhores momentos.../ Que ainda vivem.../ Tão belos.../ Que chega a dar uma/ Meiga sensação de gostosura.../ No instante de pausa/ Foge das coisas ruins/ Precisa de boa energia/ Para prosseguir.../ O aroma da juventude se aproxima.../ A foto da primeira namorada/ Desenha-se na sua mente.../ Chega a pensar que não envelheceu.../ A faceirice toma conta do coração.../ É a energia que precisava.../ Depois de degustar a sala/ Daquele tempo.../ Olha para o presente.../ Observa as águas de um/ Pequeno riacho/ Que corre na sua frente.../ Faz dele um espelho/ Onde se reflete a sua imagem/ Distorcida pelo tempo.../ As rugas no rosto/ Estão presentes.../ Não se importa/ Consegue analisar com desenvoltura/ A musicalidade da sua juventude.../ A porta se fecha/ No outro canto da memória/ Aparece a fase adulta/ Dura.../ Cheia de percalços.../ É pai.../ Fortes responsabilidades.../ É o condutor de uma família.../ Por tudo que aconteceu.../ Sem culpar ninguém/ Pelos desencontros.../ Vê-se pegando a estrada/ Que ora caminha.../ Já não tem mais o vigor/ As energias são limitadas/ Mesmo assim.../ Consegue arrancar do/ Fundo da alma/ A força que precisa/ Para alavancar os/ Passos decisivos.../ A sua viagem está perto do fim/ Mas tem certeza de que foi/ Um bom viajante.../ Tentou fazer direito a lição/ Alguns erros aconteceram/ Que serviram de exemplo/ Para ele/ E para outros viajantes.../

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