quarta-feira, 28 de setembro de 2016

RASTROS APAGADOS

O sol está forte.../ Castiga.../ Preciso caminhar.../ Encontrar o paradeiro dela.../ Não sei por onde anda.../ Necessito conversar.../ Explicar tudo.../ A poeira toma conta da estrada.../ Estou com sede.../ Não posso parar.../ Talvez nunca mais encontre/ A mulher que um dia/ Fez parte da minha vida.../ Não percebi e/ Desconheci algumas verdades.../ Não posso dividir com ninguém.../ O desconforto existencial.../ A minha esperança/ Ou a desesperança.../ É minha.../ Vou carregar sozinho/ Toda a amargura.../ Quem sabe/ Já seja tarde.../ Pode ser que o tempo/ Seja outro.../ Virei andarilho/ Das estradas escuras.../ Há muitos anos/ Que ando.../ Ando.../ E não encontro o rastro dela.../ O vento apagou as pegadas.../ A chuva ajudou também/ No desaparecimento/ Dos seus passos.../ Quanto mais caminho/ Miragens surgem/ À minha frente.../ A consciência lateja.../ O coração dói.../ Pulsa triste.../ Vou continuar caminhando.../ Quem sabe seja/ A última caminhada.../ Antes que o sol desapareça.../ Preciso manter viva a certeza/ De que vou encontrá-la.../ Pedir perdão.../ Ou aceitar a sua desculpa/ Quem fugiu foi ela.../ Porque se tornou uma/ Solitária caminhante.../ Ambulante misteriosa.../ Ninguém viu.../ Ninguém conhece.../ Aqueles que a viram.../ Disseram que caminhava/ Pelas ruas antigas.../ Vestida de preto.../ Conversando com a/ Escuridão da noite.../ Viramos dois loucos.../ Desiludidos com a vida.../ Submersos nas águas da tristeza.../ Resultado de equívocos.../ Aqueles mal entendidos/ Que acontecem na vida/ De duas pessoas/ Loucamente apaixonados.../

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