segunda-feira, 12 de setembro de 2016

VIDA NO SÍTIO

No meio da mata/ Entre o pé de cedro e/ A araucária.../ Cheiro de terra/ Casinha de madeira/ Branca com janela azul/ Na beira do Rio Uruguai/ Móveis simples/ Fogão a lenha/ Para esquentar as noites/ Frias de inverno.../ Pinhão assado/ Na chapa.../ Leite recém tirado da vaca/ Com café/ Feito na hora.../ Com pão de milho.../ Para acordar.../ O cantar do galo/ Que alegre/ Convida as galinhas/ Para namorar.../ Antes do dia clarear/ Porque o frio não assusta/ Quanto mais gelado/ Mais cedo se levanta.../ No fundo.../ O barulho das águas/ Do grande Rio Uruguai.../ Formam uma bela sinfonia.../ Depois.../ Dar ração às galinhas/ E aos porcos.../ Que famintos/ Esperam ansiosos/ A bóia do nascer do dia.../ Tudo feito/ É hora de/ Pegar a enxada/ Capinar a terra/ Antes que o sol fique alto/ É tempo de plantar/ O alimento para o dia de amanhã.../ No meio do dia/ Vem a hora do almoço/ Arroz com feijão/ Carne de porco/ Frita na hora/ Com mandioca/ Alface e tomate/ A salada que não pode faltar.../ No prato do interiorano.../ Em seguida.../ Uma sesta/ De meia hora/ Na rede/ Estendida na varanda da casa.../ Antes que o dia termine/ É hora de recolher o gado/ Os cavalos/ Para dentro da estrebaria.../ Para o jantar/ Uma galinhada/ Com polenta/ Rúcula colhida na horta.../ Em seguida/ Pegar o violão/ E a gaita de boca/ Uma cantoria para/ Chamar o sono.../ Que lentamente vem surgindo.../ Assim é a vida no sítio/ Sem novela/ Sem Jornal Nacional/ Do homem simples/ Da alma boa/ E tranquila/ Fincada nos rincões/ Beirando o Rio Uruguai/ Longe da carnificina do mundo/ Distante de qualquer aplicativo/ Que deseduca a alma do homem simples.../ A vida no sítio/ É a ante-sala do paraíso/ Que as almas boas do mundo/ Mais almejam.../

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