segunda-feira, 12 de setembro de 2016

SALGADA VIVÊNCIA

Já apanhei muito/ Primeiro de quem me criou/ Ainda criança.../ Sem força/ Sem entender nada/ Sobre o mundo.../ Sofri violência de uma/ Mulher amarga.../ Que amarga me espancava/ E eu .../ Sem ódio no coração.../ E com a ternura de uma criança.../ Com os olhos cheios de lágrimas/ Olhava para ela/ Pedia com amor/ Que não me batesse mais.../ E ao contrário.../ Ela olhava para mim/ Como estorvo na sua vida.../ Vara de marmelo/ Sangrava meu pequeno corpo/ Com o pé no pescoço/ E a outra mão/ Vinha com violência.../ Não tenho raiva/ Dessa mulher/ Já rezei por ela.../ Que serviu de mãe/ Foi carrasco de uma criança/ Que hoje é adulta.../ Da paz e do amor.../ Com certeza/ Muito superior a ela.../ Foi avó/ Lavadeira/ Odiava o mundo/ Viu em mim/ A razão do seu sofrimento/ Deve estar no inferno/ Fazendo companhia/ Aos infelizes.../ Depois foi a vida que/ Fez de mim/ A razão da desgraça/ Mesmo com toda a violência/ Sou um ser fraterno/ Tenho ternura no coração/ Já me perdoei/ Assim como/ Perdoei os meus desafetos.../ Vou levando a vida.../ Com os olhos no futuro.../ E lado esquerdo da face/ Uma salgada lágrima/ Que não me abandona/

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